Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Ajudem o Darfur!

O genocídio continua no Darfur. Já se fala numa catástrofe pior do que o Ruanda.



É preciso agir! No terreno temos várias organizações que tentam ser uma gota de água no meio de tanta tragédia. Cá, em Portugal, e um pouco por todo o mundo tentamos ajudar através de campanhas que informem e sensibilizem as pessoas para o que está a acontecer a este povo.

Toda a ajuda é precisa. Em Portugal, ainda estamos no início de uma campanha que visa informar, sensibilizar e fazer com que cada um de nós possa agir em prol dos direitos do povo sudanês. Se tiver ideias ou se se quiser juntar à campanha, basta ir a Plataforma Africa.. Consulte, também, o blog de Jovens e Missão para mais informações.

Susana Vilas Boas e as Aventuras da Missão

Finalmente recebemos noticias da Susana Vilas Boas, LMC, que se encontra na Republica Centro Africana. Já nos sentíamos todos com muita saudade dela. Nesta carta partilha connosco algumas das suas aventuras “não muito perigosas” da missão. Agradecemos imenso a sua partilha, que nos faz sentir ainda mais em comunhão. A “tua” missão é também a nossa. Estás no nosso coração e na nossa oração.

Olá! Olá!


Pois é, cá trago eu aqui mais algumas aventuras. Não muito perigosas, porque estou bem sossegadinha a fazer o meu curso de sango, mas…
Bom, no outro dia veio, aqui à casa das irmãs, a esposa do meu professor de sango que, como ele lhe havia falado de mim ela queria-me conhecer.
Até aqui tudo bem, mesmo se ela só falava em sango, a gente conseguiu comunicar bastante bem.
Após alguns momentos de conversa, ela dá-me um pequeno saco com 6 ovos. Eu recebi e agradeci. No meu coração uma alegria imensa se instalou. Na verdade, aqui, (…)
Leia mais…

“Já fiz tudo, fiz-te a ti”

Certo homem passeava num bosque quando viu uma raposa sem patas a ser alimentada por um tigre. Ficou a admirar aquele verdadeiro milagre da vida quando decidiu seguir o exemplo e, também ele, experimentar a bondade de Deus.
Sentou-se ao pé de uma árvore e ali ficou à espera que Deus também o alimentasse.
Passado um tempo perguntou: “Meu Deus, alimentas a raposa e deixas-me aqui à fome?” ao que Deus lhe respondeu: “Seria preferível que tomasses o exemplo do Tigre.”
O homem levantou-se e voltou à caminhada. Um pouco mais à frente viu uma menina cheia de fome e frio que apenas tinha um fino e roto vestido.
O homem indignou-se e perguntou: “Meu Deus, alimentas aquela raposa na floresta e não fazes nada por esta pobre menina”. Depois de um constrangedor silêncio, Deus respondeu em tom suave: “Como – não fiz nada? Fiz tudo. Fiz-te a ti”.



 

Este pequeno conto, que nos foi lido na homilia da Eucaristia de Domingo, acaba por resumir de forma subtil o conteúdo do Curso de Espiritualidade Comboniana que ocorreu no último fim-de-semana no seminário da Maia.
Para entendermos esta analogia, temos apenas que colocar no papel do homem a Igreja, e no papel da rapariga todo o mundo que sofre nos dias de hoje.
É corrente e normal que se pergunte pela acção de Deus nos momentos de catástrofe. Assim como também é corrente e normal não associar-mos todo o bem, que logo vai surgindo do coração de vários homens e mulheres, à infinita caridade do Pai.
No entanto, todo esse bem, que muitas vezes passa no silêncio, é acção concreta de Cristo no mundo através da Igreja que é o seu Corpo… que somos nós.
O gesto de um missionário que pratica o bem em terras longínquas exprime a força das nossas orações, a vontade das nossas partilhas e o amor de Cristo que nos une. Assim ganha sentido toda a nossa acção missionária, por mais insignificante que pareça.
Estejamos longe ou perto de quem sofre, a resposta de Deus às nossas perguntas será sempre a mesma: “Já fiz tudo, fiz-te a ti”.

 

Pedro Moreira

 

 

Ecos do Curso de Espiritualidade Comboniana

No fim-de-semana de 15 a 17 de Junho alguns de nós (Emília, Bárbara, João, Anabela e Pedro) participamos no curso de espiritualidade missionária: À escuta do Espírito – horizontes e itinerários de S. Daniel Comboni seus filhos e filhas. Neste curso participaram, não só, os LMC, mas também muitos animadores missionários ou candidatos a tal de muitas paróquias espalhadas pelo país, desde Famalicão até Lisboa, passando por Viseu, Coimbra e Santarém.

 

Na sexta-feira fomos recebidos pela Comunidade da Maia, especialmente pelo Pe Claudino, anfitrião da casa e também um dos responsáveis pelo curso.

 

No sábado podemos participar em três palestras que, no fundo, resultaram também da vivência que cada uma das pessoas que as orientaram tem da espiritualidade missionária. A primeira temática foi abordada pela Adília Pascoal (Missionária Secular Comboniana) e disse respeito à mulher no espírito de Comboni na regeneração da África. Comboni, no seu tempo, foi um visionário. No Plano da Regeneração da África, Comboni apercebeu-se que precisaria das mulheres não só na retaguarda como beneméritas, principalmente na Europa, mas igualmente na linha da frente nos haréns dos muçulmanos onde a presença das mulheres era mais facilmente tolerado do que a dos homens.
Em seguida “nosso” Pedro (Leigo Missionário Comboniano) falou-nos do Catolicismo e do papel que os leigos têm na Igreja. O grande desafio lançado aos leigos foi o de se virarem para o exterior, pois a Igreja é mais do que quatro paredes. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13, 34). Este é o grande ensinamento que nós enquanto Igreja, enquanto irmãos no sangue de Cristo devemos seguir. Os católicos estão unidos em Cristo, amam-se em Cristo, sofrem em Cristo, vivendo pelo Reino de Deus.
À tarde o Pe Claudino Ferreira (Missionário Comboniano) mostrou-nos uma facete, para alguns desconhecida, de Comboni. O título da problemática apresentada foi a animação missionária global de S. Daniel Comboni na Igreja e na Sociedade – itinerários para hoje. Evangelização e animação têm uma profunda incidência no carisma de Comboni, ele demonstra grande ânimo nesta sua missão: “só disponho de uma vida para a salvação daquelas almas, quisera ter 1000 vidas para as consumir neste fim”. A missão para Comboni faz-se em conjunto, ele descreve-a como “um pequeno cenáculo de apóstolos para a África, um ponto luminoso que envia ao centro da Nigrícia tantos raios quantos são os zelosos e virtuosos missionários que dele saem”.
O dia de trabalho terminou com uma vigília onde rezamos pelos cristãos perseguidos na Ásia, para que o Espírito Santo continue a brilhar por aquelas paragens, ainda que essa luz tente ser, constantemente, ofuscada.

No domingo começamos com os Cenáculos de Oração Missionária e o seu papel nas paróquias. O Pe Claudino explicou a todos os presentes a importância da existência destes pequenos cenáculos. A missão só é possível através de uma identificação crescente com a missão de Jesus, não é só preciso conhecê-las mas, igualmente, implicar-se nessa missão. O grande objectivo destes cenáculos é que os paroquianos animem missionariamente outros paroquianos. João P. II à data da beatificação de Comboni fala da importância de “continuar a difundir esta válida iniciativa pastoral nas paróquias para dar vigor à consciência missionária de todos os baptizados”. 

Em seguida o Pe Tavares (Missionário Comboniano) falou-nos de Antonio Roveggio – sucessor de Comboni na missão da África Central. Depois da morte prematura de Comboni o Instituto ficou “sem pai”, ninguém sabia como dar continuidade ao trabalho iniciado por Comboni. O Pe Tavares explicou-nos os grandes problemas que houve para manter vivo o ideal missionário do trabalho começado por Comboni, tendo sido os Jesuítas que alguns anos depois da sua morte assumiram o Instituto em Verona, no entanto, alguns missionários que sobreviveram a Comboni e se encontravam no Egipto não estivessem de acordo com as novas “regras” do Instituto. A juntar a tal facto a mahadia (revolta de extremistas islâmicos no Sudão) levou ao encerramento da missão no Sudão, fazendo reféns vários missionários e missionárias obrigados à conversão, pois não interessava aos extremistas criar mártires do cristianismo, por isso, estes missionários estiveram à mercê das suas atrocidades durante 17 anos. Foi neste contexto difícil que Antonio Roveggio tentou manter vivo o legado de Comboni.
Ainda antes do almoço a Irmã Dorinda (Missionaria Comboniana) deu-nos o seu testemunho, enquanto missionária no Sul do Sudão. As populações desta região vivem numa pobreza extrema: é um território onde não há nada e tudo é preciso. Ela deu-nos um exemplo, bastante, ilustrativo da vivência sudanesa do catolicismo… O catequista Paulo Shalo, durante os 21 anos de guerra manteve viva a presença de Deus, habilitando-se com isso a ser perseguido diariamente pelos extremistas islâmicos, Graças a Deus resistiu e continua o seu importante papel de evangelização nos Montes Nuba.

Não pensem, no entanto, que apesar de o fim-de-semana ter sido de trabalho intenso não houve tempo para o convívio entre todos os participantes no encontro. Foram também organizados plenários de discussão realizados nas diferentes tribos africanas (à boa maneira missionária!) em que fomos divididos… Bem como momentos de profunda oração.

 

Este encontro serviu para alimentar o nosso espírito católico e missionário, abrindo-nos horizontes sobre qual o caminho a seguir na vida e no mundo: amar.

 

Bárbara Cunha

Ecos Internacionais

Encontro dos Leigos Missionários Combonianos

 

 


Durante o último fim de semana de Abril realizou-se em Florença (Itália) o encontro continental dos coordenadores provinciais dos Leigos Missionários Combonianos (LMC) da Europa. Estavam presentes o provincial de Portugal, P. Manuel Alves Pinheiro de Carvalho (encarregado do sector a nível continental) e outros dois confrades de Portugal: P. Alfredo Manuel Gomes de Sousa e o LMC Pedro Moreira, pela Espanha estavam Alberto de la Portilla e o P. Alejandro Canales Maza, pela Itália P. Cláudio Longhi, pela DSP P. Günther Ludwig Hofmann com Birgit Schardt e Christoph Koch. Participaram também dois membros do Comité Central: a senhora Glória Morales Hernandez Torrres do México e P. Umberto Pescantini de Roma. Muito apreciada foi por fim a presença do Ir. Umberto Martinuzzo, membro do Conselho Geral.

Neste encontro ultimou-se o trabalho iniciado há uns anos, ou seja a redacção de um documento recapitulativo que, partindo da base, descreva com a maior clareza possível a situação do movimento LMC nas várias províncias da Europa, tocando os temas principais, como a identidade dos LMC, o seu curriculum formativo, o seu caminho em ordem à formação de comunidades LMC internacionais e em ordem à autonomia económica, a sua reinserção na província aquando do regresso do serviço missionário desenvolvido num outro continente. Os primeiros parágrafos deste documento, que já estavam prontos em 2006, foram assumidos pela Assembleia Geral de Ellwangen.
No próximo ano o encontro continental europeu terá lugar em Portugal.

 


 

Encontro do Comité Central

 

 

 


 

 

 

Em dois tempos (a 27 de Abril e a 1 de Maio) teve lugar em Florença o encontro do Comité Central LMC, o primeiro depois da Assembleia Geral de Ellwangen (Novembro 2006). Os quatro membros, Alberto de la Portilla, Glória M. H. Torres, P. Günther Hofmann e P. Umberto Pescantini aplaudiram a presença encorajadora do Ir. Umberto Martinuzzo, membro do Conselho Geral.
O Comité reanalisou antes de mais as 18 Propostas Finais da Assembleia Geral de Ellwangen, indicando e sugerindo os passos necessários para que sejam conhecidas e seguidas em todas províncias e delegações. Com este objectivo, será enviada uma carta a todos os provinciais e delegados e a todos os responsáveis dos LMC.
O Comité enfrentou depois a tarefa específica que lhe fora confiada pela Assembleia Geral, isto é, a compilação de um esquema basilar de formação para a missão. Chegou-se assim a um texto que será enviado a todos os grupos para que partindo sempre da experiência já em curso na base e ajudados por todos, se chegue, sobretudo a nível continental, a um esquema bastante comum que permita também alguns períodos de formação em comum entre grupos de diversas províncias para favorecer depois a experiência de comunidades internacionais em missão. O esquema será enviado às províncias e delegações que têm algum grupo de LMC.
Falou-se ainda da possibilidade de algum leigo missionário abrir um Blog na Internet para convidar os LMC à partilha e ao debate de temas relativos à sua vida.
Entretanto o sítio
www.comboni.org continuará a oferecer um espaço aos LMC enquanto membros da Família Comboniana.
Chegou-se a um acordo sobre o melhor modo de reunir fundos para financiar as viagens exigidas pela participação nestes encontros.
O próximo encontro do Comité Central decorrerá em coincidência com outros encontros continentais na América e em África quando e onde estes tiverem lugar.

Ecos do Encontro de Junho

O nosso encontro deste fim-de-semana, dividiu-se em duas partes: o tema propriamente dito e a preparação de dois momentos que vamos ter no dia 28 de Julho, na Peregrinação da Família Comboniana a Fátima. Um deles está inserido no Convívio e o outro consiste na Oração final.
Peregrinação a Fátima. O tema foi orientado pela Irmã Conceição e centrou-se na “Missão no Feminino”. Analisámos várias passagens da Bíblia e constatámos que em todas elas a presença do elemento feminino foi determinante. Apesar de todas as tentativas de inferiorizar e menosprezar o papel da mulher na Igreja, ao longo da história, está mais do que provado que Jesus sempre soube dar ênfase à participação das mulheres, admitindo-as na comunidade dos seus próprios discípulos. Eis alguns exemplos do papel relevante da mulher em vários momentos da vida de Jesus:

(Jo 20,17 )
Maria de Madalena é, por excelência, a mulher, a discípula e a apostola. Ela é testemunha dos ensinamentos, da vida, da morte e ressurreição de Jesus. Foi ela (uma mulher) a escolhida, foi ela a quem Jesus apareceu primeiro após a Ressurreição e foi ela que ele enviou para contar aos outros.

(Mc 14, 3-9)
Uma mulher aparece num lugar reservado aos homens e desafiando as normas, toca em Jesus, ungindo-o. Jesus sensível a este gesto diz para todos: “Fazei isto em minha memória”. E aquele gesto, anteriormente condenado por todos, transforma-se num exemplo a seguir. A acção de uma mulher fica para sempre.

(Mc 7, 24-31; Mt 15, 21-28)
Uma mulher “desafia” Jesus a ir mais além. Em vez de anunciar o Reino de Deus apenas aos judeus, esta mulher leva Jesus a abrir a porta da Evangelização aos gentios.

(Jo 4, 1-42)

O encontro desta mulher samaritana com Jesus, gerou nela a iniciativa de levar o anúncio missionário ao seu povo. Ela levou a Palavra de um judeu para os samaritanos, o que constituiu uma enorme acção de Evangelização.

E é impossível não referir a primeira mulher missionária da história do Cristianismo: Maria, mãe de Jesus. Quando ela recebe o anúncio do anjo, fica tão feliz, que corre apressadamente ao encontro de Isabel, para lhe levar a Boa Nova.

Gostaria ainda de lembrar uma das grandes missionárias de sempre, falecida há precisamente dez anos – Madre Teresa de Calcutá.

 

“…Apenas seis anos após a sua morte, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa, a 19 de Outubro de 2003. No seu discurso aos peregrinos, o Santo Padre referiu-se a ela como “uma das maiores missionárias do século XX”. O Papa enfatizou que foi a sua relação com Deus, nutrida pela oração, que inspirou todos os seus empreendimentos e tornou a sua missão tão fecunda no mundo. Precisamente no coração desta íntima relação com Deus estavam as palavras de Jesus na Cruz: “Tenho sede” (Jo 19,28). “Saciar a sede de Jesus, de amor e de almas, em união com Maria, a mãe de Jesus”, disse o Papa, “tornou-se o único fim da existência de Madre Teresa, e a força interior que a impulsionou a sair de si mesma, e a fez correr apressadamente através do globo, para labutar pela salvação e santificação dos mais pobres dos pobres”. Com a sua escolha de servir humildemente os mais pobres dos pobres, o Evangelho do Amor tornou-se Vida. Com as suas palavras e acções, Madre Teresa tocou os corações de crentes e não crentes, do mesmo modo, ultrapassando as barreiras de classe, religião, cultura e nacionalidade. A sua vida tornou-se um sinal de que “Deus ainda ama o mundo hoje”. O seu segredo era muito simples: ela deixou que Jesus tomasse completamente posse da sua vida, para que Ele pudesse agir nela e através dela…”

in “Jesus é o meu Tudo em Tudo – Novena à Beata Teresa de Calcutá”

Álvaro