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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Missionárias dos Pigmeus

 
A TVE esteve na Républica Centro Africana para mostrar um pouco daquilo que é a presença das Missionárias e Missionários Combonianos naquele país.
Embora não cheguem a estar com as nossas Leigas Missionárias, que também estão em Missão junto do povo Pigmeu Aka, não podemos deixar de propôr aqui o video por tratar de uma realidade que nos é tão próxima quer pelo contexto em si, quer pela afinidade familiar dos envolvidos.
 
 
(Nota: O video é falado em espanhol)
 
 

Os Sacramentos: Quando Deus derrama o seu Espírito sobre os Homens...

Todo o que nasceu de Deus vence o mundo.

Esta é a vitória que vence o mundo : a nossa fé.

 

Mais um encontro dos Leigos Missionários Combonianos, em Coimbra! É assim já o 5º encontro.

Nesse fim-de-semana de 21 e 22 de Janeiro fomos convidados a reflectir sobre os Sacramentos, “ acções fundamentais através das quais Jesus Cristo oferece aos fiéis o seu Espírito e os une intimamente a Si e entre eles, tornando-os um povo santo”.

 

Relembrando os sete sacramentos que aprendemos desde pequenos na catequese (Baptismo, Confirmação, Eucaristia, Penitência, Santa Unção, Ordem e Matrimónio) e alguns dos quais recebemos, foi-nos lançado o desafio de aprofundarmos um pouco mais os nossos conhecimentos sobre estes dons que Cristo nos deixou disponíveis para mais intimamente estarmos a Ele ligados. 

 

“Eis aí a missão de cada cristão, anunciar a salvação de Cristo e Testemunhar a Sua Ressurreição.” 

 

Do Baptismo nascemos para uma vida nova em Cristo e assim ficamos de forma indissolúvel ligados ao compromisso da fé. 

 

Através da Confirmação, o Cristão é enviado para o meio dos homens para anunciar a Boa Nova.

Eis aí a missão de cada cristão, anunciar a salvação de Cristo e Testemunhar a Sua Ressurreição. Desta forma o baptizado e crismado é missionário enviado por Deus, missão essa que tem lugar na família, na escola, no trabalho, isto é em todo o lugar onde este se encontre.

  

“A Eucaristia, (…) não é simplesmente o “memorial” de um acontecimento passado, mas a presença viva e actuante de Cristo Ressuscitado …” 

 

A Eucaristia, centro do culto Cristão, é o memorial da morte e ressurreição de Jesus, que não é simplesmente o “memorial” de um acontecimento passado, mas a presença viva e actuante de Cristo Ressuscitado no interior de cada crente e na comunidade de Baptizados reunida em seu nome. Assim na celebração Eucarística o povo de Deus encontra-se com Cristo e nele recebe o dom da aliança e da comunhão com o Pai.

 

“…o baptizado e crismado é missionário enviado por Deus, missão essa que tem lugar na família, na escola, no trabalho, isto é em todo o lugar onde este se encontre.” 

 

Mas não quero deixar apenas uma explicação teórica dos sacramentos, mas sim uma reflexão deste fim-de-semana de partilha, nesta descoberta de um tesouro, o dos dons que Cristo nos deixou através dos sacramentos.

Iniciando o nosso dia de trabalho com a Eucaristia, partimos com o espírito de poder compreender melhor cada um dos sacramentos, pois esse é um ponto de partida para vivê- los de forma mais consciente na nossa vida.

Muitos são os baptizados, mas sentir-me e agir com coerência, como verdadeira filha de Deus, cumprindo a missão que Ele me conferiu é um desafio a que nem sempre respondo com um sim aberto e confiante.

Chamados desde o Baptismo à santidade, esta é algo que muitos dizemos “não ser para mim”. É um caminho difícil, porque facilmente caímos e desistimos de viver segundo o mandamento do amor – “amai como eu vos amei”.

 

 

Sabendo Cristo a nossa fraqueza humana, deixou- nos o Sacramento da Reconciliação muitas vezes esquecido e menosprezado. No entanto, através deste Sacramento o crente é restituído à comunhão Consigo e com a comunidade dos fiéis. E é neste caminho de conversão, que com Cristo, renascemos para a vida, para uma vida nova.

No entanto é necessário viver esta alegria de “voltarmos à casa do Pai para podermos experimentar a graça de vivermos essa paz com a qual Ele nos envia. A vergonha de dizer o mal cometido e o assumirmos muitas vezes leva-nos a afastarmo-nos cada vez mais de Deus e dos outros impedindo-nos de viver a festa do perdão e da alegria. Como seríamos todos mais livres!

 

Também a Unção dos doentes, resgata-os, manifestando-se através deste Sacramento a misericórdia de Deus. Assim Cristo torna-se solidário com aquele que sofre, para que a força redentora da caridade sustente o doente e dê esperança ao enfermo, e perseverança e coragem aos que o assistem.

 

 

Contudo nem todos os sacramentos afectam a pessoa da mesma forma.

Os presbíteros, que receberam o Sacramento da Ordem, foram configurados a Cristo e consagrados para evangelizar, guiar o povo que lhe foi confiado e essencialmente celebrar o sacrifício eucarístico, onde actuam em nome e com o poder pessoal de Cristo.

 

 

 

O Matrimónio suscita e renova a fé recebida com o Baptismo. Pela fé e pela graça sacramental, os esposos são ajudados a viver o amor conjugal.

São tantos que não encontram sentido neste sacramento! Será que é a falta de sentido? Viver a missão que lhes é dada, é um grande desafio. Viverem generosamente, com a castidade própria à condição de casal, isto é, procurarem viver um amor autêntico sem possuir o outro de forma egoísta. Tantas coisas que por vezes surgem mais importantes que a família e que a destroem, tantos projectos pessoais que são entrave à união. Que dificuldade saber onde começa a incompreensão e o egoísmo pessoal. Perante tantos “ventos” o casal encontra na Eucaristia o sustento, que dá força e são chamados a fortalecer os vínculos da sua união.

 

Terminamos este encontro com a Eucaristia que nos envia mais uma vez em missão. Muito haverá a fazer, mas procurar viver em maior abertura e comunhão com os sacramentos recebidos é o desafio lançado, pois só assim vivendo podemos testemunhar com a nossa vida o grande tesouro que Ele nos deixou.

 

“…e assim não podia esquecer S. Daniel Comboni que deu sua vida para libertar os escravos e salvar África, que ainda hoje vive em tanto sofrimento.”

 

Um dos grandes exemplo daquela que descobre esse tesouro é Bakhita. Vendo o filme que mostra um pouco a vida da Irmã Bakhita, podemos ver que se deixou moldar pelo amor vivendo-o e partilhando-o com os mais pequeninos e desfavorecidos.

Enquanto via o filme só uma coisa me ocorria: agradecer a Deus pelo dom da vida desta Irmã e de tantos outros que viveram e vivem nesta doação, e assim não podia esquecer S. Daniel Comboni que deu sua vida para libertar os escravos e salvar África, que ainda hoje vive em tanto sofrimento.

Assim provavelmente no final do filme cada um se questionou: e eu? Terei a força de responder generosamente, disponível sorrindo perante as dificuldades como a Ir. Bahkita?

Tantas questões! Mas mais uma vez agradeço a Deus pela oportunidade de podermos estar todos reunidos com alegria e amor fraterno. “Oh como é bom e consolador…” 

 

Assim termino esta reflexão questionando-me: Como vivo como filha de Deus e como crismada? Qual o meu contributo para ajudar a santificar a minha comunidade paroquial, eu que como Baptizada sou chamada à santidade? Perante as contrariedades da vida sou testemunha edificante, enfrentando-as com paciência e coragem? Deixo que o rosto de Cristo esteja presente no que faço e faço brilhar a novidade e a força do Evangelho? Sou fermento da Boa Nova na família, no trabalho, ou simplesmente me deixo na comodidade do dia a dia ?

Tanto que tenho para mudar e renovar Senhor, para dizer sim à minha vocação de Baptizada!  

 

Catarina Cardoso, Formanda LMC

“Aqui estou!” (1 Sam 3, 3b)

 

“De facto, todos os esforços e dificuldades são relativos quando se ama.”

 

“Aqui estou!” (1 Sam 3, 3b), eis a resposta de Samuel ao chamamento. Uma resposta que congregou mais de meia centena de voluntários que têm em vista partir para além-fronteiras ainda este ano.

 A casa de Coimbra, qual anfitriã deste encontro de formação organizado pela Fundação, Evangelização e Cooperação (FEC), procurou deixar uma marca comboniana nos participantes. Desde o acolhimento à liturgia, tudo foi amorosamente pensado pelos nossos colaboradores que procuraram, sempre com um sorriso, dar o melhor de si para o bem de toda a formação. A eles agradecemos o empenho e a alegria com que vivem estes momentos que são, sem dúvida, ricos e determinantes para a Missão.

Neste encontro, em que o P. Paulo procurava, como é habitual, que tudo corresse da melhor maneira, todos pareciam sentir-se em família (apesar do frio dos corredores).

 

Da minha parte, com a Augusta, participei na reunião da Comissão da Família Comboniana na Maia. Nesta reunião, que contou com a presença dos C.O.M. (Cenáculos de Oração Missionária) e da Associação dos ex-alunos dos MCCJ, foram organizados os habituais encontros anuais da Família Comboniana: a Peregrinação a Fátima e o fim de semana de Espiritualidade Comboniana.

 

Ao fim do dia, mais uma vez com a Augusta, seguimos para Coimbra onde encontramos estes jovens voluntários e onde, com eles, partilhei as alegrias da vida missionária passadas na República Centro Africana nos últimos 5 anos.

Estes jovens, entusiasmados e vibrando com a vida missionária, pareciam dispostos a seguir, noite dentro, neste diálogo e partilha de experiências e pontos de vista.

 

“…se o entusiasmo com que vivemos a nossa vocação é testemunho d’Aquele que nos chama, ousemos, então, dizer alegremente, como Samuel: - Aqui estou!” 

 

 

No Domingo, logo de manhã, era tempo de regressar à Maia para a reunião da equipa da Pastoral Vocacional Jovem (PVJ).

No autocarro, pensava: “dizem que quem corre por gosto não cansa. Eu estou (fisicaente) de rastos mas não podia estar a passar um fim de semana mais feliz.” De facto, todos os esforços e dificuldades são relativos quando se ama.

Entretanto, na casa da Maia, recebida tão calorosamente como é hábito desta comunidade, ouço alguém que, vindo saudar-me, me diz: “ Tu deves ser a Susana Vilas Boas. Obrigada pelo testemunho que sempre nos dás!”

Não sei bem ao que se referia mas, se o entusiasmo com que vivemos a nossa vocação é testemunho d’Aquele que nos chama, ousemos, então, dizer alegremente, como Samuel: “Aqui estou!”

 

Susana Vilas Boas, LMC

 

Formação do Voluntariado Missionário na casa dos Combonianos em Coimbra

  

 

Os Leigos Missionários Combonianos fazem parte da Rede de Voluntariado Missionário da Fundação Evangelização e Cultura (FEC).

Este mês tivemos o gosto de acolher, na casa dos Missionários Combonianos de Coimbra, a 2ª Sessão do Plano anual de formação daquele organismo contando com muitos participantes vindos de vários Movimentos que partilham connosco o desejo de anunciar Jesus Cristo para além fronteiras.

A experiência foi enriquecedora pelos conteúdos e pela partilha.

Deixamos aqui o artigo retirado do site da FEC referente àquele fim de semana. 

 

 

Mais uma formação VM cumprida


Nos dias 14 e 15 de Janeiro realizou-se a 2ª Sessão do Plano Anual de Formação da Rede de Voluntariado Missionário, em Coimbra, na Casa dos Missionários Combonianos.  Esta formação contou com 54 voluntários, ligados às entidades que fazem parte da Rede de Voluntariado Missionário da FEC, e que se preparam para partir em missão.  

 

  
A sessão teve como tema “Voluntariado e Projectos de Cooperação para o Desenvolvimento”, tema esse que pareceu despertar a curiosidade dos formandos que ao longo da formação se mostraram muito participativos e com forte sentido interventivo. Os formadores responsáveis pelos blocos formativos de sábado foram La Salete Coelho, do Gabinete de Estudos para a Educação e o Desenvolvimento (GEED) da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e Miguel Filipe Silva, do Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto.

  

A sala de formação gentilmente cedida pelos Missionários Combonianos de Coimbra esteve sempre muito composta e cheia de formandos muito interessados. O grande objectivo da sessão de formação foi a reflexão sobre “os paradigmas do desenvolvimento – predominâncias e alternativas” mas também a identificação objectiva dos desafios da cooperação para o desenvolvimento com os quais os voluntários serão confrontados no terreno.

 

Depois do jantar convívio, todo o conhecimento adquirido durante o dia foi enriquecido pelo testemunho de Susana Vilas Boas, Leiga Missionária Comboniana, que esteve cinco anos na República Centro Africana em missão e partilhou com os presentes a experiência vivida. Foi extraordinária a sua partilha, mostrou vídeos e fotografias do terreno e do seu trabalho junto das comunidades de pigmeus que são discriminados e tratados de forma desigual pela restante comunidade. A sua paixão pelo voluntariado e sentido de missão inspiraram todos os presentes.

 

No domingo, falou-se sobre “o papel do voluntário cristão no desenvolvimento”, numa sessão orientada por Ana Leite, Paula Meireles e Isménia Silva dos Leigos para o Desenvolvimento. Entre dinâmicas e trabalhos de grupo, ligaram-se os desafios da cooperação e desenvolvimento às especificidades da perspectiva cristã nas missões de voluntariado e também foram transmitidos os principais pilares da Doutrina Social da Igreja. Para terminar “em grande” foi celebrada uma Eucaristia presidida pelo Pe Paulo Emanuel, dos Combonianos, seguindo-se o almoço e as despedidas.

 

  

 

Fonte: http://www.fecongd.org/

 

 

Uma Estrela nos conduz

"O Senhor da Vida nunca se esquece da data e faz-Se sempre convidado nestas ocasiões!"

 

Tinham passado cinco anos desde o último aniversário celebrado em Portugal. A data era importante assim como a muita vontade de a celebrar com a família e amigos aqui deste lado. Tal como noutros anos, o Senhor da Vida tinha-me reservado um presente muito especial (é que Ele nunca se esquece da data e faz-Se sempre convidado nestas ocasiões!).

 

Assim, a minha prenda encontrava-se na Paróquia de Santiago de Antas – Famalicão – e tinha a forma de um grupo de jovens em preparação para o Crisma. Estes, como grande parte dos jovens desta idade, achavam que o Espírito viria sob a forma de pomba: vinha… e ia embora sem deixar rasto. O desafio para este dia de retiro e formação era mostrar-lhes as traças do Espírito: de nada servem os sacramentos se não há uma resposta concreta ao sopro de Deus.

Aproveitando a época litúrgica, quis mostrar-lhes uma Estrela: a Estrela que guia os Reis magos, a Estrela que guia os que acreditam e se põem, sem medo, em marcha.

 

"Não se vive de um SIM dado há 25 anos atrás, mas do SIM que se aceita dar em cada dia ao chamamento de Deus." 

 

Sempre em celebração, o dia seguinte continuou a ser passado em família. Desta vez, o bolo da festa tinha outros números e o homenageado era outro: O P. Arlindo Pinto, coordenador geral dos Leigos Missionários Combonianos. Celebrava na sua paróquia 25 anos de ordenação sacerdotal.

A Eucaristia, presidida pelo bispo D. António Taipa, natural dessa mesma paróquia, foi cheia de simbologia e vivida em profundidade por todos os que, com o P. Arlindo, quiseram dizer Obrigado ao Senhor pelo dom da sua vocação, e pelas maravilhas que Ele operou, e continua a operar, na sua vida.

Após a Eucaristia, a festa continuou e, porque a Estrela que nos guiou todos ali era a mesma, num clima fraterno e de alegria, continuamos a celebrar o SIM deste missionário que visivelmente, no seu sorriso, nos continuava a demonstrar que não vive do SIM dado há 25 anos atrás, mas do SIM que aceita dar em cada dia ao chamamento de Deus. A ele agradecemos o carinho e a dedicação que nos tem dado como nosso amigo e coordenador.

 

A Estrela conduziu-me lá onde a celebração da vida tem o rosto da Missão e do compromisso missionário. A todos os que, comigo, cantaram parabéns, agradeço e acompanho na oração e neste caminho onde, juntos, seguimos. O caminho que fazemos, sempre como família, e na direcção a que a Estrela nos conduz.

 

 

 

Por Susana Vilas Boas, LMC