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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Partilha da vida e de saberes

IMG_20170413_144317[1].jpgO que tem em comum uma senhora russa, com mais de 70 anos, com curso superior e uma senhora da Guiné-Bissau, com cerca de 50 anos, sem nenhuma escolaridade? Ambas encontram-se em Portugal, vivem num bairro periférico da grande Lisboa e desejam aprender o português.

E é na Quinta das Mós, num espaço cedido pela Câmara Municipal para uso da Paróquia de Camarate, a partir desta necessidade bem concreta de duas pessoas, que nasce o projeto de alfabetização de adultos.

Baseado no método de Paulo Freire, adaptando-o para esta realidade específica, iniciámos as aulas nas tardes. Os níveis de aprendizagem e as necessidades são bem diferentes. Porém, neste método que busca a aprendizagem a partir da realidade, e leva a pessoa a lançar um olhar crítico sobre si mesma, possibilita essa interação, e mais do que isso, a solidariedade entre as envolvidas.

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Aos poucos outras pessoas vão agregando-se ao grupo, e abre-se uma nova turma de manhã, pois algumas das interessadas trabalham à tarde. O movimento é constante. Há abandonos por questões de trabalho, de saúde, de casa.

As duas turmas são formadas por mulheres. Um grupo acaba, persistem três. As duas do início e uma outra rapariga, mais jovem, que estudou somente até à 2ª classe.

As aulas são mais do que letras e palavras. São conversas, partilha de dificuldades, apoios e encaminhamentos para tratar documentos, encontrar casa para arrendar, traduzir conversas, esclarecer dúvidas do quotidiano, melhorar as pronúncias... Uma precisa sair de onde está, pois vive de favor e já não dá! A outra tem um quarto para lhe arrendar; uma quer aprender costura, a outra sabe e dispõe-se a ensinar; uma recebe alimentos, partilha com a outra que está sem receber vencimento... E assim seguimos, partilhando a vida e os saberes, promovendo a aprenzidagem e a valorização da pessoa, a partilha e a solidariedade! "Salvar África com África"!

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LMC Flávio Schmidt

Eu vi o que vi...

 

Descobri o novo álbum de Sara Groves "Tell Me What You Know". O seu coração e os seus desejos estão bem visíveis nas letras das suas canções. A canção que escutaremos mostra um pouco de África numa das visitas que ela fez e aproxima o nosso coração a este belo continente.

"I Saw What I Saw"



Your pain has changed me
Your dream inspires
Your face a memory
Your hope a fire
Your courage asks me
What I am afraid of,
And what I know of love?

 

 

I Saw What I Saw
(Sara Groves - Tell Me What You Know - 2007)

I saw what I saw and I can't forget it
I heard what I heard and I can't go back
I know what I know and I can't deny it

Something on the road, cut me to the soul

Your pain has changed me
your dream inspires
your face a memory
your hope a fire
your courage asks me what I'm afraid of
(what I am made of)
and what I know of love

we've done what we've done and we can't erase it
we are what we are and it's more than enough
we have what we have but it's no substitution

Something on the road, touched my very soul

I say what I say with no hesitation
I have what I have and I'm giving it up
I do what I do with deep conviction

Something on the road, changed my world

 

 

Artistas Portugueses porDarfur

A Campanha porDARFUR lança a colectânea «FRÁGIL - Artistas Portugueses porDarfur», um disco duplo cujas receitas se destinam à ajuda de emergência ao Darfur. 

 

«FRÁGIL» é o nome de um dos temas que integram a colectânea, uma revisitação do tema com a mesma letra de Sting cantada por dezenas de artistas portugueses

 


Videoclip do tema 1 do CD-Colectânea «Frágil - Artistas Portugueses porDarfur». À vendas nas lojas FNAC e on-line em www.pordarfur.org

Darfur, Assertividade e Castanhas

Mais um encontro de formação dos LMC. Este fim-de-semana o tema abordado foi a assertividade. Poderia escrever a necessidade de assertividade… poderia escrever a importância da assertividade! No entanto, e corrijam-me se estiver errada a assertividade não é um estado absoluto! Não é um estado supremo. Não é um estado perfeito. É uma forma de reacção perante uma determinada situação.

 

A assertividade é a capacidade de nos expressarmos aberta e honestamente, sem negarmos os direitos dos outros. Belo conceito! No entanto, custou-nos um pouco interiorizá-lo em toda a sua plenitude. Agora estou a escrever isto e lembrei-me da famosa frase do Zé-Povinho: “não faças aos outros aquilo que não queres que te façam a ti”. Parece-me ter algum sentido aqui, pois afinal de contas ninguém gosta de ser tratado nem com agressividade, nem com desprezo… todos queremos ser tratados com respeito e ser escutados – não só, pura e simplesmente, ser ouvidos!
Por isso, ser assertivo não é ser passivo e também não é ser agressivo ou impetuoso com o intuito de levar os outros à submissão. É antes uma atitude, uma postura que visa a obtenção e a troca de opiniões.

Durante os momentos de partilha todos nos lembramos de situações onde, depois de terem ocorrido, desejaríamos ter actuado de modo diferente! Situações onde sentimos que deveríamos ter falado em vez de ficarmos calados; ou onde falamos e deveríamos ter ficado calados! Todas essas situações tiveram em comum o facto de nos deixarem ficar “mal”, desconfortáveis… Porque ficamos calados? Porque não dissemos o que pensávamos? Porque é que perdemos a cabeça? Três questões simples  que nos fizeram pensarem durante o tempo que tivemos para a reflexão pessoal.

 

Ser assertivo é gozar dos nossos direitos em pleno, é expressar os nossos sentimentos, é pedir aquilo que queremos e expressar os nossos pontos de vista, de modo directo, integro, honesto e com respeito pelos outros.

 

Neste fim-de-semana o nosso encontro coincidiu com o do Fé e Missão… Juntamo-nos aos jovens  na Hora de oração pelo Darfur. Mais um momento em que a oração demonstrou ter um abrangência extraordinária. Rezamos por todos aqueles que sofrem a milhares de kms de distância, no Darfur, na certeza que naquela noite de sábado eles dormiram um sono mais descansado, mesmo aqueles que depois dessa noite não mais acordaram para a “nossa” vida, mas para a vida junto do Pai.

 

Neste fim-de-semana também tivemos oportunidade de dizer disparates, comer as maravilhosas castanhas da Elizabeth e as não menos maravilhosas castanhas assadas dedicadamente pelo Pedro e pelo João – mesmo as que ficaram carbonizadas! Houve também tempo para partilhar um pouco do que a semana passada vivemos no I encontro da FEC sobre “voluntariado missionário e espiritualidade missionária”.

Mais uma vez agradeço a Deus por me ter possibilitado dar mais este passinho da caminhada até à missão.



Bárbara

Semana da solidariedade

Entre os dias 1 e 8 de Agosto, alguns de nós puderam

participar na semana da solidariedade no centro João Paulo II em Fátima.

 

Esta experiência de voluntariado, muito bem organizada pela XIVssol, tinha para nós como objectivo principal possibilitar a vivência em comunidade num contexto de missão muito especial que é este o do mundo dos deficientes profundos. Porém, acabada a semana, é fácil dizer que esta superou as expectativas em muitos outros aspectos.

 

Para começar tenho a referir o convívio com os “meninos” do Centro. Aqueles que à primeira vista nos parecem tão diferentes (e indiferentes!) vão se revelando muito especiais com o passar do tempo. Cada um tem os seus gostos, a sua forma de comunicar, a suas birras e dificuldades. No convívio com estes homens e mulheres, tantas vezes rejeitados por uma sociedade que nem sempre espera por quem caminha mais devagar, aprendemos que o amor não procura moldar o outro ao nosso gosto, antes o aceita tal como ele é. Tal como pudemos ver: “O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” (1Cor 13,4-7).

 

Gostaria também de deixar aqui expressa a minha admiração pelo trabalho maravilhoso que é desenvolvido no Centro João Paulo II. É impressionante como se consegue proporcionar um ambiente tão familiar a 192 utentes. Para isso muito contribuem as funcionárias, autenticas mães, que apesar do desgaste físico e emocional demonstram uma disponibilidade e carinho pelos meninos que vão muito para além do simples cumprir de um dever.

Finalmente uma palavra de apreço para com todos os que estiveram connosco na experiência. Pela amizade demonstrada, pela partilha de sentires (e de carros!!!), pelos espaços de oração, pela organização, pela gratuidade e simpatia com que nos brindaram… um muito obrigado!

No final de uma semana vivida de forma tão intensa ficam algumas questões muito importantes no ar. Como será a minha vida de hoje em diante? Serei capaz de vivê-la de forma tão genuína e empenhada como nesta semana que passou? Ou voltará tudo a ser como dantes? Porquê?

 

A vida do Reino que há de vir, um Reino de justiça e paz, de felicidade profunda e amor infinito, levanta exactamente as mesmas questões. E por muito difíceis que pareçam as respostas de serem vividas, por muito utópicas que se apresentem, a verdade é que delas depende a nossa felicidade, desde já!

Pedro Moreira

Ajudem o Darfur!

O genocídio continua no Darfur. Já se fala numa catástrofe pior do que o Ruanda.



É preciso agir! No terreno temos várias organizações que tentam ser uma gota de água no meio de tanta tragédia. Cá, em Portugal, e um pouco por todo o mundo tentamos ajudar através de campanhas que informem e sensibilizem as pessoas para o que está a acontecer a este povo.

Toda a ajuda é precisa. Em Portugal, ainda estamos no início de uma campanha que visa informar, sensibilizar e fazer com que cada um de nós possa agir em prol dos direitos do povo sudanês. Se tiver ideias ou se se quiser juntar à campanha, basta ir a Plataforma Africa.. Consulte, também, o blog de Jovens e Missão para mais informações.

O Drama da América Latina

A região dos 98 milhões de indigentes

Se todas as pessoas que vivem na pobreza extrema na América Latina se alinhassem de mãos dadas formariam uma fileira humana que daria mais de duas vezes a volta ao nosso planeta. A metade delas seriam crianças.

Noventa e oito milhões dos indigentes vivem nas cidades ou nos subúrbios de América latina. Não os ver é impossível, ignorá-los está dentro do alcance de todos. 98 Milhões de pessoas representam a soma dos habitantes de Inglaterra, de Holanda, de Bélgica, de Áustria, de Finlândia e de Suiça.

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O Mundo nas nossas mãos

 Temos de nos convencer de que, juntos, podemos conseguir mudar o mundo. De que o mundo se encontra nas nossas mãos. Como? Eis alguns exemplos. Faça clique aqui para continuar com a leitura e aprofundar o tema de Justiça, Paz e Integridade da Criação.

Para Reflectir: artigos sobre o Natal

“ADITAL é uma agência de notícias que nasceu para levar a agenda social latino-americana e caribenha à mídia internacional. Quer estimular um jornalismo de cunho ético e social.
Quer favorecer a integração e a solidariedade entre os povos. Dá visibilidade às acções libertadoras que o Deus da Vida faz brotar nos meios populares.”
A agência de notícias ADITAL publicou no seu “site” alguns interessantes artigos sobre o Natal e que passamos a divulgar, para viver mais intensamente este tempo natalício.

Um outro Natal é possível?!
Confesso que estou cansado do Natal passado à limpo pela tradição branca-européia capitalista. Conseguiram pegar um menino mouro escuro, semi-beduíno-judeu e transformá-lo num menino Jesus ariano, louro, reconchunchudo e de olhos azuis. Derreteram as diferenças para que um certo menino vestido de carne e osso, não tirasse o sono de ninguém.
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Tenho uma proposta concreta de paz para o mundo: os EUA retiram-se do Iraque e devolvem ao México o Texas, a Califórnia e o Arizona; e Porto Rico aos porto-riquenhos; suspendem o bloqueio a Cuba e restituem aos cubanos a base naval de Guantánamo.
A França e a Espanha devolvem aos bascos o seu território; a Turquia, o Irã e o Iraque admitem o direito dos curdos a uma pátria; a Rússia liberta a Chechênia; a China desocupa o Tibete; as Coréias do Norte e do Sul chegam a um acordo de reunificação; o Estado Palestino é imediatamente criado e reconhecido pela ONU, Israel devolve os territórios ocupados e Jerusalém é declarada santuário universal ou cidade internacionalmente independente, administrada pela ONU.
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Missa do Galo e a Paz dos meus sonhos

 

 


Se Maria e José tivessem que procurar hoje um lugar para o menino nascer, não seria difícil encontrar. Por toda parte existem grutas vazias, esperando uma presença que ilumine suas entranhas.
A gruta significou a exclusão da ordem estabelecida, mas significou ao mesmo tempo o início de uma nova ordem, anunciada com júbilo aos pastores das periferias, e destinada ao mundo inteiro.
O Natal avizinha sempre a exclusão com a inclusão. Para simbolizar ao mesmo tempo os equívocos da humanidade, e a grande oportunidade de reencontrar os caminhos da vida, que Jesus veio colocar na dinâmica da própria história.
Leia mais…Natal globalizado

Feliz Natal para todos

Imagens com que somos bombardeados todos os dias na televisão e que mostram o quanto é importante lutar por um mundo melhor. Que o Natal seja sinal de esperança de que um outro mundo é possivel. Ghandi nos alerta de que o "olho por olho... nos deixa a todos cegos". Para que o Natal seja verdadeiramente Feliz para todos os povos da terra, os LMC contam consigo...