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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Notícias do LMC Pedro Nascimento

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Recém chegado à Etiópia, o nosso amigo LMC escreve-nos, transmitindo a alegria que é estar de regresso à missão que Deus lhe entregou e fala-nos ainda um pouco sobre as tensões que se vivem atualmente algumas regiões.

Queridos amigos e queridas amigas,

Encontro-me já na Etiópia, o que me deixa muito feliz! Quando soube que o meu destino missionário era a Etiópia fiquei triste: era um país que não conhecia, que me era  pouco familiar. Agora amo este país, quero bem a esta gente e orgulho-me de aqui estar em missão!

Cheguei no dia um de Novembro e, desde então tenho estado na capital, Addis Abeba! Estes têm sido dias de regresso, após quase quatro meses ausente, de contacto com a realidade do país, de preparação para a dura realidade que a minha região de Benishangul-Gumuz, zona Metekel, atravessa.

Quando cheguei soube da morte de cerca de 35 pessoas de etnia Amara, na região Oromo, perpetuada por rebeldes Oromo. Dois dias depois, na região Tigray, a norte da Etiópia, militares regionais de Tigray atacaram uma base militar do governo federal, que causou a morte de muita gente. Ora, o governo federal decretou guerra à região o que está a causar muitas mortes e refugiados no Sudão. Infelizmente os responsáveis de Tigray não se renderam e até já lançaram misseis para outras cidades da Etiópia e também da Eritreia. Têm sido momentos difíceis os que se vivem na Etiópia.

Na minha região, infelizmente, também surgiu um grupo armado Gumuz e que tem criado insegurança, mortes e feridos. Ainda ontem ouvi dizer que mataram mais de 50 pessoas, normalmente, de outras etnias. As pessoas vivem com medo e sem certeza do futuro.

É, pois, para esta realidade que sou chamado a ser testemunha do amor de Jesus Cristo, a ser portador de esperança e a viver com esta gente que amo. Aguardo o meu regresso com alegria! Sei que tenho que ter cuidado pois sou responsável pela minha vida e responsável perante os que confiaram em mim para estar aqui, mas não vou com medo. O medo supera-se com a fé de que Deus me quer ali. Esta é a realidade a que Deus me chama e quero ser-lhe fiel!

Quero agradecer pelos donativos: dinheiro, roupa e outros materiais! Sem dúvida que a vossa ajuda é preciosa para a continuidade do meu serviço missionário! Estai certos de que a vossa partilha será usada para os trabalhos da missão e ao serviço deste povo lindo! Mas, mais que isso, a vossa contribuição ajuda-me a estar aqui! A vossa contribuição significa que estão comigo, que vieram comigo, que me apoiam e que querem fazer parte da obra de Deus aqui, na Etiópia! Sem dúvida que a missão se faz com os pés dos que partem, as mãos generosas dos que repartem e com os joelhos dos que rezam! Que Deus vos abençoe pelo bem que quereis à Etiópia!

Rezai pela Etiópia! Rezai por este lindo país que vive momentos de dor! Rezai pelos Gumuz! E, se ainda tiverdes um tempinho, rezai por este vosso amigo!

Obrigado pelo vosso apoio e amizade! E não se esqueçam de partilhar comigo sobre vós! É muito importante para mim saber dos amigos e amigas, sentir-me perto, presente!

Beijinhos e abraços,

Pedro Nascimento

UM LEIGO VOLUNTÁRIO EM MISSÃO HOSPITALEIRA EM TIMOR-LESTE

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O nosso amigo Mário, em missão em Timor-Leste com os Irmãos Hospitaleiros de São João de Deus, escreve-nos contando um pouco sobre a missão para a qual foi destinado. É com alegria e gratidão que podemos revisitar o que connosco partilha.

A missão dos Irmãos Hospitaleiros de S. João de Deus em Timor-Leste baseia-se na Casa de Formação em Díli e no Centro de Apoio à Saúde em Laclubar, distrito de Manatuto. É neste Centro que tenho estado a colaborar como voluntário desde início de outubro de 2019.

O Centro tem como missão principal o internamento temporário de pessoas com doença mental grave, com vista à sua estabilização, recuperação e reintegração familiar e social. Também faz o acompanhamento, a nível nacional e em articulação com os serviços de saúde distritais, de outros pacientes que permanecem em suas casas medicados.

Para levar a cabo estes objetivos, conta atualmente com o trabalho de uma enfermeira especialista em Saúde Mental e Psiquiatria (portuguesa), mais dois enfermeiros generalistas, de um médico de clínica geral, bem como de auxiliares de internamento, educadoras, responsável administrativa e técnicos de manutenção e apoio geral. Além disso, é também aqui o local de formação para os jovens aspirantes a futuros irmãos de S. João de Deus, no seu primeiro ano, junto dos doentes e necessitados como é o carisma hospitaleiro. Todas estas atividades estão sob a responsabilidade do Diretor do Centro e superior da comunidade de irmãos, o irmão-sacerdote José Manuel Leonardo Machado.

Qual o lugar para um leigo voluntário neste contexto? É dispensável, como apoio complementar ao quadro de pessoal? Talvez, tendo em conta os colaboradores existentes. Pode ser útil e benéfica a sua presença? Cremos que sim, como em qualquer outra situação de voluntariado, em que dar o seu tempo e afeto pode ser testemunho de amor e hospitalidade.

Em colaboração com a equipa de monitoras-educadoras, que desenvolvem várias atividades ocupacionais  com os pacientes ao longo da semana, fui procurando desde início observar, conhecer e acomodar-me de forma construtiva, no respeito pela realidade existente. Progressivamente, participo e intervenho em:

  • Atividades lúdicas, para estimulação de capacidades pessoais e promoção do bem-estar: jogos diversos, desenho e pintura, exercício físico, caminhada, canto e dança
  • Momentos de formação, sobre vários temas: promoção da saúde mental, importância da medicação, higiene pessoal e ambiental, civismo, geografia dos distritos, preparação para a alta
  • Tarefas que exercitam os pacientes para a vida do dia-a-dia na reinserção familiar: limpeza dos jardins e recolha desses lixos, ida ao mercado, ajuda na limpeza do internamento; são os pacientes que põem a mesa e lavam a loiça (rotativamente) e são ajudados a lavar a sua roupa.

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As principais limitações e dificuldades na ação voluntária, seja com os pacientes seja com os colaboradores, têm a ver com a comunicação. O conhecimento dos hábitos, tradições e valores é importante para a compreensão de atitudes e comportamentos e para não sentir estranheza perante o que é diferente.

Além disso, poder compreender e falar Tetum, a língua de comunicação natural em Timor-Leste (e que permite o diálogo entre a quase vintena de línguas locais) é uma necessidade fundamental para a integração e relação com as pessoas. Embora o Português seja também língua oficial, é conhecido e utilizado sobretudo na administração pública e contextos profissionais diferenciados (como acontece nos países que foram colonizados). Aqui no interior, apenas algumas pessoas falam um pouco em Português; não esqueçamos que, durante os 24 anos da ocupação indonésia, a língua portuguesa foi banida das escolas e a retoma demorará o seu tempo. O Português será sempre uma segunda língua, aprendida como língua estrangeira. Por isso, também os missionários, voluntários e profissionais estrangeiros devem aprender Tetum se querem uma integração plena.

Neste sentido, para além do estudo inicial que realizei antes de vir (e que acho indispensável), procuro ir aprendendo no dia-a-dia mas é sempre insuficiente para estabelecer uma conversação para além do trivial. Ter atenção que aquilo que se tenta dizer nem sempre corresponde ao que a outra pessoa entendeu.

Como voluntário psicólogo, isto limita a comunicação com os doentes, embora na sua generalidade não tenham indicação para psicoterapia, como acontece neste grau de doença. Ainda assim, a intervenção e o olhar na perspetiva psicológica da compreensão das limitações e necessidades de cada doente, das atitudes que servem e que não servem a sua recuperação e bem-estar, pode ser um contributo importante.

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Além disso, tenho ensinado Português a um grupo de jovens. E tenho articulado com a Fundação S. João de Deus a adoção para Timor-Leste do novo método de gestão das bolsas de estudo de mérito (BEM), através da Internet, e trabalhado na preparação dos conteúdos de cada bolseiro a colocar nesse sítio.

Acima de tudo isto, estou aqui porque sou cristão e porque partilho os valores da hospitalidade e da missão. Há cerca de um ano deixei de trabalhar profissionalmente, era hora de poder partir e dar algo de mim pelos irmãos em necessidade.

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa (…) ainda que eu tenha tão grande fé que transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou (…)" (1 Cor 13). A leitura da Palavra e a oração são o alimento espiritual que nos dá o amor, a vontade e a persistência, mesmo quando vacilamos ou nos parece que temos pouco para dar. Assim, participar em momentos de oração e Eucaristia - com a comunidade dos irmãos, com os pacientes e colaboradores, com a comunidade paroquial de Nossa Senhora da Graça - faz parte indispensável da missão, preenche-me de alegria e de amor, faz-me sentir parte da Igreja.

Que o Senhor da Vida, seu Filho Jesus, nossa Mãe Maria, São João de Deus e São Daniel Comboni iluminem a nossa vida no serviço constante a quem sofre ou tem necessidade!

Laclubar, 31 de dezembro de 2019

Mário Breda     

Uma viagem (in)esperada - Notícias da missão em Etiópia

Em missão, entre o Quénia e a Etiópia, a nossa LMC Carolina Fiúza escreve para a Revista Digital da Diocese de Leiria - Fátima (REDE). Convosco partilhamos o artigo.

No aeroporto, em Adis Abeba

Escrevo-vos já terminando uma semana de estadia em Nairobi, Quénia. Uma viagem turística que não era por mim desejada. Por motivos de força maior tive que sair do país (Etiópia): o visto que trazemos como missionários e que nos permite a entrada no país é um visto de negócios que apenas tem validade de um mês. Para estadias mais duradoiras (como a minha, de dois anos), ao chegarmos à Etiópia temos que conseguir obter nesse mês de validade do visto de negócios um outro visto - o de residência. No meu caso, esse mês não foi o suficiente para conseguir o visto de residência. O visto de negócios caducou e, por forma a não estar ilegal no país, tive que dar um salto até ao Quénia durante uma semana, para depois voltar a entrar e prosseguir o processo de obtenção do visto de residência de novo. Burocracias que traduzem uma exigente e difícil entrada neste país. Talvez possa dizer que, de uma maneira geral, a Etiópia é a tradução de uma história marcada por regimes e imperialismos exigentes, de grande controlo. É esta história que marca um povo! Não bastará dizer que viveram sob o regime de Imperadores até 1974 e que é dos únicos países africanos que nunca foi colonizado… a Etiópia tem história, uma grande história!

Sentimentos de tristeza e frustração assombraram o dia em que soube que teria que vir. Principalmente porque tinha começado as aulas de amárico há cerca de 2 semanas. Iria perder uma semana de aulas e todo um ritmo e envolvência na escola que é porta de entrada para esta cultura, que me põe estes sons das palavras em amárico a ecoar na cabeça, fazendo uma música pela qual me vou apaixonando. Não é uma língua fácil! Confesso sentir um paradoxo entre o entusiasmo de ser uma criança a aprender por imitação as palavras (como se dizem as cores, os alimentos, os animais, etc.), mas também um travo de receio. Receio por sentir que será tarefa complicada aprender rápido a língua.

Não me bastava já o amárico ser uma língua tão complicada, e agora tenho que ir para o Quénia, perder aulas, atrasar mais o domínio da língua! Assim nunca mais poderei prosseguir segura para o que vim – a missão! – pensava.

Temos a tentação de pensar que a missão é fazer, acontecer, programar e tudo o que seja do domínio prático. Porém, desenganemo-nos. Que me desengane eu também se penso que a missão propriamente dita apenas começará no dia em que viajar para permanecer na zona dos Gumuz e iniciar com os meus companheiros um projecto. Esquecemo-nos que não são, por vezes, as grandes coisas, aquelas que observarmos e palpamos, as que trarão mais vida. Não raras vezes, é no maior silêncio que mais operamos.

Poder-vos-ia dizer que é fácil conceber no meu íntimo este paradoxo de tempos de espera. Este que é agora um tempo de aprendizagem da língua faz-me sentir a falta de pôr em prática. Porém, relembro com carinho as palavras da minha amiga LMC Cristina Sousa (e que hoje se encontra em República Centro-África) quando dizia, em jogos de palavras, que partia em missão para pastar. Para pastar, parafraseando o nosso português tão maroto com a piada de que quem pasta nada faz. Mas também Para estar. P'astar. E é nestas palavras sábias que me digo copiosamente a missão, Carolina, já começou! Tal como vos digo a todos vós… para vocês, a missão já começou, a partir do momento em que são e estão no mundo como criaturas de Deus.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Já diz o ditado. Tiradas as teimas de que o Senhor queria que aceitasse a descoberta de um novo e maravilhoso país como o Quénia, posso agora dizer que valeu a pena vir e que foi para mim uma necessária permanência. Nairobi pode dizer-se uma cidade Europeia (ou Norte Americana?) – verde e organizada, ainda que muito cheia de tráfico, carros, pessoas, mas nada que se compare com o ar pesado que transporta Addis Abeba. Além de estudar amárico através de áudios que os meus companheiros de comunidade me enviavam nos intervalos de existência de internet, aproveitei para conhecer o centro de Nairobi com dois Quenianos, membros do coro da missa do Parlamento, na qual participei a convite do Pe. Comboniano Giuseppe Caramazza. É uma cidade de negócios também, bastando para isso vislumbrar o grande (íssimo) Kenyatta International Convention Centre, um edifício de 28 andares, que é palco de várias conferências, seminários, exposições e cimeiras internacionais.

Igreja em Nairobi

A propósito de missas, pelas terras vermelhas a sua preparação é já a premonição de uma grande festa. Muitos e cedo vêm a compor aquele que será o verdadeiro festival. Dizia-me um dos membros do coro: quando vais para um festival, para um concerto, preparaste não é? Pois então, temos que fazer o mesmo (e até melhor) para a Eucaristia, pois não há maior festa que essa! E esta é a lei por aqui. Uma Eucaristia onde ninguém “vem” apenas, senão participa: desde miúdos a graúdos. Todos têm algo para contribuir para este banquete, com a voz, dança, palmas, etc. Uma realidade transversal, não só no Quénia, mas também na Etiópia. Eucaristias que não têm tempo. Não são elas um mero sopro de 50 minutos, ou 1 hora, no qual tantas vezes vemos os que conversam com o relógio, olhando-o na esperança (quem sabe) de que a Festa já esteja a terminar. Não! Aqui, paradoxalmente, a Eucaristia demora um intervalo de 1h30-2h. O ritmo é de danças e músicas alegres, um ritmo definido, que desperta as almas… quando me dou conta, também o meu corpo balança, acorda, desperta. E, de repente, quando estamos cheios deste banquete que nos anima para a vida, a festa dentro da casa do Senhor acaba e os convidados permanecem no seu átrio à conversa. Olho para o relógio e o tempo parece que voou!

E assim é. O tempo aqui tem voado! Assim como voa este grande abraço que vos envio, muito cheio da minha boa saudade.

Com amor, Carolina de Jesus Fiúza (LMC)

 

in REDE - Revista Digital Diocese Leiria - Fátima, nº 26, 27 de Junho de 2016 (disponível em https://leiria-fatima.pt/noticias/uma-viagem-inesperada/ )

Ecos da missão em República Centro-África

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“Aqui envio um pouco da vida da missão.” É com estas palavras que a nossa querida amiga Maria Augusta nos abraça e nos escreve sobre os passos que se vão dando na missão em RCA.

A Ana [LMC polaca] tem andado com um problema no cotovelo. Fez uma ecografia e depois fomos com ela ao centro médico militar, em Bangui. Foram muito acolhedores e simpáticos, tal como da vez que eu lá fui. Iremos almoçar com eles amanhã, se Deus quiser. 
Os restantes membros da comunidade estamos bem,  graças a Deus. Temos tido notícias do padre Samuel, que também está bem, aproveitando as suas férias para descansar e visitar a família e amigos.

Nesta semana chegou até nós uma mãe com as suas duas filhas gémeas, que já tinha vindo à missão pedir leite, porque não tinha suficiente para as duas bebés. Nessa altura já estavam mal nutridas. Foram tratadas e voltaram para casa bem! Agora voltou com uma das gémeas muito magrinha, pesando apenas dois quilos, e tendo já nove meses... fiquei muito impressionada com a bebé e dirigi-me de imediato com a mãe aos cuidados dos mal nutridos para que ali fosse internada. Não sei se recuperará! Que o Senhor faça o melhor para ela.

O pequeno André, órfão, que encontrei em Novembro de 2015, e ao qual demos o leite, tem "mal de Pott" (tuberculose vertebral). Veio ao pediátrico a Bangui e agora está a ser tratado contra essa doença. Depois será operado também como o Gervelais*, que  até agora não caminhava e, passados dois meses de tratamento contra a tuberculose, já começou a dar os primeiros passos e vê-se que tem muita força de vontade para aprender depressa a andar.

Na escola começámos a dar aulas de recuperação**, de 90 minutos, dois dias por semana. Nos primeiros anos trabalha-se principalmente a leitura e escrita e nos anos mais avançados também a Matemática. Que o Senhor dê muita força e vontade aos alunos para não faltarem e que consigam melhorar o seu aproveitamento. Graças a Deus, temos alguns alunos com muita força... e é isso que nos encoraja a continuar. Agradecemos ao Senhor que nos dá saúde e também alegria e boa disposição para o fazer.
Desejo- vos a todos um tempo de Quaresma Tranquilo e de Crescimento no Amor a Deus e aos Irmãos.

Continuamente unidos pela oração e à missão! Bem hajam pelas vossas orações.

Maria Augusta Pires, LMC na RCA

 

* Gervelais é o nome de um "rapazinho" ao qual a Maria Augusta fez referência na publicação de 6 de Abril de 2018, in leigosmissionarioscombonianos.blogs.sapo.pt/noticias-da-lmc-maria-augusta-vindas-da-142151)

** em virtude de os resultados dos alunos não serem animadores, conforme nos informou na sua última carta, (in leigosmissionarioscombonianos.blogs.sapo.pt/2019/02/)

 

Notícias da missão de República Centro-Africana - Jornal Astrolábio

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Desde a Missão de Mongoumba (República Centro-Africana) a LMC Maria Augusta escreve para o Jornal da sua paróquia - O Astrolábio

Caríssimo Padre Orlando

Como está? Espero que tenha começado muito bem o novo ano e que assim seja até ao fim. Um bom 2019 para todos os seus paroquianos e sua família.

Eu tive malária na semana passada, mas, graças a Deus, estou já a recuperar. Os outros membros da comunidade estão bem.

O padre Samuel partiu, hoje, para passar as suas férias. Pedimos, ao Senhor que as passe bem e que possa voltar cheio de força e coragem para continuar a missão que lhe é confiada.

Nos dias 17 e 18 de Dezembro tivemos a visita do Cardeal. Toda a gente da paróquia ficou contente! A chegada era uma multidão... vieram muitas pessoas de outras confissões cristãs diferentes. A igreja ficou repleta de gente, para a Eucaristia, e fora dela havia quase outras tantas pessoas, demorou 5 horas! Ele falou muito bem sobre o problema de likundu* (feitiçaria) e outros problemas. A Ana e a Cristina estavam em Bangui e o Simone em Itália, eu estava com os padres para o receber. Graças a Deus correu tudo muito bem! Espero que as pessoas ponham em prática aquilo que escutaram! Visitou todas as dez paróquias da diocese. A nossa foi a penúltima, terminou a sua visita pastoral na catedral S. Jeanne d' Arc, em Mbaiki. Acabou cansado, mas muito contente com a participação que houve.

Quando viemos aqui a Bangui, na última vez, encontrámos no supermercado um polícia de Janeiro de Cima. Ele disse que já ouvira falar que estava aqui uma missionária de Janeiro de Baixo. Foi muito bom! Falou-nos que havia militares à beira do aeroporto e ontem fomos lá fazer uma visita. Receberam-nos muito bem e com grande alegria! Deram-nos medicamentos e convidaram-nos a ir la almoçar. Se Deus quiser iremos la amanhã.

Os resultados dos nossos alunos não são animadores, esperamos que melhorem neste trimestre.

Sei que tem visto e escutado muitas notícias, nada agradáveis, sobre este nosso pobre país. Graças a Deus aqui estamos em paz, mas sofremos com os nossos irmãos que estão a ser massacrados!

Ainda não sabemos quando voltamos para Mongoumba...

Continuamos unidos pela oração.

Um grande abraço missionário de todos nós, para si e todos aqueles que lêem o Astrolábio.

A LMC Maria Augusta

 in o Astrolábio

ANO V – Nº 139 – 3 de Fevereiro de 2019

Paróquias de Cabril, Dornelas do Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Portela do Fôjo, Unhais-o-Velho e Vidual

*O problema de likundu tem a ver com aqueles que são falsamente acusados de feitiçaria e brutalmente assassinados.

Notícias da missão, Brasil

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Recebemos notícias da nossa LMC Liliana Ferreira, em missão no Brasil.

Boa noite missionári@s, 
Tudo bom? Aqui as coisas correm normalmente. Agora chegou o inverno e eu já gripei. Penso que já sabem da novidade: o primeiro passo para a construção do Piquiá da Conquista foi dado, o terreno está sendo limpo. No dia 23 de Novembro ocorreu uma celebração ecuménica no terreno para dar inicio à limpeza. Foi um momento bastante emocionante que coloca mais próxima a realização do sonho de muitas famílias de terem uma casa digna, longe da poluição.  
Desde agosto que já não acompanho a comunidade de Piquiá de Baixo de forma tão próxima, pois agora estou colaborando na Casa Familiar Rural. Voltei de novo para uma escola com internato. Em muitos momentos parece que tenho "dèjá vu", voltando à escola de Carapira. É bom estar no meio de jovens e adolescente. Difícil, mas muito gratificante!

LMC Liliana Ferreira

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Através de vocês Deus faz-me acreditar ainda mais no amor!

DSC_0073.JPGSão muitas as manhãs em que desperto pronta a fazer diferente, pronta a dar de novo o melhor de mim, pronta a deixar-me guiar em mais um dia de descoberta.

Não nego a vontade que tenho dentro de mim de mudar o mundo, não posso dizer-vos que o que se passa aqui, me é indiferente mas, em cada nova caminhada em terras peruanas desperto em mim o desejo de Deus por um mundo com mais amor.

Não, não vim aqui para trazer-lhes a fórmula secreta para a felicidade ou dizer-lhes o secredo de uma vida sem sofrimentos, até porque a fórmula é uma vida com Deus. Vim, anunciar-lhes que o amor é possível na luta diária pelas suas sobrevivências e nas sucessivas histórias de superação, que o sofrimento faz parte do caminho mas que Deus nos chama a ser felizes. Vim para partilhar convosco o que sou e pouco que sei de Deus. Vim para ser convosco. E se alguma dúvida houvesse eu aprendo convosco todos os dias que esse amor pouco a pouco transforma o nosso coração, dá vida às nossas vidas.

É nas visitas à Melchora e ao Policarpo que encontro um Cristo que espera sempre a nossa chegada, é na Maria que vejo um Deus que nos envia aos mais frágeis e abandonados, é no Leonardo que vejo o quanto Deus ama, atravessando os mundos humanamente construídos, ama a diferença de cada um de nós e está nessa mesma capacidade de sermos diferentes, de sermos nós. É na Soledade que vejo diariamente um testemunho de vida de serviço e entrega aos outros. É na Raquel que vejo um verdadeiro testemunho de Maria, mãe que apesar dos obstáculos duros leva a vida adiante só com os seus quatro filhos. No Juan encontro um Deus que espera o teu abraço e o teu sorriso, na alegria do anúncio do Evangelho com a vida, um Deus que te envia a ser vida na vida dos outros. Na Janet encontro a força no constante cuidar a família com amor. E é no olhar de esperança da pequena Ariana que encontro o sentido da minha presença aqui.

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É nos abraços que dou e recebo que todos os dias sinto os braços de Deus que me incentivam a levar dia após dia o Seu olhar misericordioso ao sofrimento dos meus irmãos e plantar neles a esperança não de um caminho sem dor, mas de uma presença que está, e se faz presente, em cada momento das nossas vidas juntos.

Estes são para mim os pequenos milagres da vida. Aqueles que nem sempre com a rotina dos dias conseguimos ver ou sentir. Sinto no silêncio das noites a presença misteriosa de Deus numa cultura que desconhece o amor como expressão bélica do dicionário mas que todos os dias são testemunho vivo de um amor que se doa e vive gota a gota.

E, no levar a vida em conjunto convosco encontro o sentido da minha missão. O sentido da partilha da vida e do querer em cada dia crescermos juntos num amor que não vive para ser falado mas para dar testemunho no serviço e entrega ao outro, no desafio de sermos nós e nos deixarmos moldar pela presença do outro.

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E, muitas vezes sem dizer uma palavra, ser parte da construção de um mundo melhor, de um mundo com mais amor possível e concretizável de dentro para fora.

Vocês são a prova viva de que o amor é possível e capaz, em nós e através de nós.
Com amor e gratidão
Neuza Francisco

"Tudo posso n'Aquele que me dá força" (Fl 4, 13)

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Que bonita é aquela África de madeira que se encontra aos pés de Cristo. E quanto do olhar de São Daniel Comboni deixo que me penetre, deixo que me contemple. E quanto de mim entra naquele olhar. Recordo as palavras de alguém que um dia me disse "é impossível que aquele olhar não te penetre, não nos interpele". E confirmo-as a cada vez que enxergo esta imagem do nosso incansável São Daniel Comboni.

Esta é a imagem sobre o altar que contemplo na capela da casa dos MCCJ de Madrid (onde hoje me encontrarei até por volta das 16h, hora a que o LMC David me virá buscar para, juntos vivermos o fim de semana em Arenas de San Pedro, a cerca de 160 km daqui) na qual não resisto a entrada para um momento de estar com o Senhor. A Ele lhe peço pela missão. Não somente pela "minha" mas a de cada um. A dos que partem. A dos que ficam. É na partida que está o amor também. A partida, o deixar o que temos para ganharmos algo maior: a liberdade da entrega a Cristo.  E falar de partida não é somente a partida física. Mas também a partida de nós mesmos. O sair de ti próprio todos os dias. A cada momento. É isso que hoje continuo a procurar, mas que hoje se torna fisicamente mais "fazível". Parto da minha terra em busca da sabedoria e graça necessárias para que, de futuro, melhor possa colocar os meus dons a render. Assim nos próximos meses estarei em Madrid junto da família que escolhi, a família Comboniana, num curso de Missiologia (cujo programa desde cedo me deixou de coração ardente e de olhos brilhantes... confesso até que, arde em mim aquela ansiedade miudinha comum nas crianças nos dias antes de tornarem às aulas). É isso que hoje aqui, diante desta África aos pés de Cristo, também agradeço: a possibilidade de crescer mais em sabedoria e graça.

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Na certeza de que sou frágil mas que, no seio de uma comunidade que vive pelo e para o amor, me torno mais forte. Porque "tudo posso nAquele que me dá força" (Fl 4, 13).

"Tudo posso nAquele que me dá força" - repito. Ecoa isto em mim. Só com Ele e através dEle poderei ter esta capacidade de sair de mim, ir ao encontro do amor, ser livre na medida em que confio nEle e nas suas mãos, amar sem medida. "Deus não escolhe os capacitados mas capacita os escolhidos". Hoje entendo tão bem isto... e rezo a Deus para que me capacite para a missão para a qual fui destinada. A mim e a todos quantos vêem comigo! A família. O namorado. Os amigos. As pessoas. Cada uma, à sua maneira, é parte desta missão e sinto-me responsável por trazê-las também comigo.

 

"Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas." (Antoine de Saint-Exupéry)

Assim é... Rezo por cada um, pela missão de cada um. Rezem por mim também, peço-vos. Obrigada do fundo do coração pela confiança... E mais do que em mim, em Deus. Tudo isto - e toda eu - só somos possíveis através dEle.

Tomai, Senhor, e recebei 
toda a minha liberdade
a minha memória
o meu entendimento 
e toda a minha vontade
tudo o que tenho e possuo
Vós mo destes; 
a Vós, Senhor, o restituo
Tudo é vosso
disponde de tudo, 
à vossa inteira vontade. 
Dai-me o vosso amor e graça
que esta me basta.

(Santo Inácio de Loyola)

Estamos juntos, sempre.

 

LMC Carolina Fiúza

Jornal Astrolábio - A Maria Augusta já está entre nós

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A Leiga Missionária Comboniana Maria Augusta Pires já está em Janeiro de Baixo, para passar algum tempo do Verão entre nós, à semelhança do ano passado, para depois regressar à Missão de Mongoumba. Mas, antes de chegar, enviou uma mensagem que nos faz bem ler: Cheguei ontem à tarde a Bangui, para amanhã prosseguir viagem até aí. Dou muitas graças a Maria e a seu Filho Jesus, que estiveram ao meu lado, cada dia, nas alegrias e nas tristezas, sobretudo nos momentos de maiores dificuldades.

Bem hajas a toda a minha família, a todos os que oraram por mim e por todos os missionários que trabalham comigo. Muito obrigada! Peço muito ao Senhor pela Paz neste nosso país e também pelos outros países, que tanto a anseiam também! Que Nossa Senhora de Fátima interceda por todos afim de terminarem as guerras. O Senhor toque os corações daqueles que atacam os inocentes, que destroem tudo o que aparece à sua frente.

No Domingo [1 de Julho], celebrámos a festa do 50º aniversário da Paróquia de S. George de Mongoumba, e foram realizados 249 crismas. Graças a Deus que eram dois bispos: Monsenhor Rhino, nosso Bispo (Bispo de Mbaiki); e Monsenhor Jesus [Bispo auxiliar de Bangasso, e que, antes, foi padre em Mongoumba]. Estava a Igreja repleta de gente e fora dela quase que havia outras tantas pessoas. Foi uma celebração muito longa (quase 6 horas) mas vivida com muita alegria e entusiasmo. Os fiéis não saíram da Igreja sem terminar. Estiveram presentes representantes de todas as autoridades e também das diferentes igrejas cristãs. No final da Santa Missa, D. Rhino falou sobre a morte do enfermeiro acusado de "likundu" [feitiçaria] e leu os artigos da constituição que defendem a Vida. Espero que as autoridades e todos os cristãos, tenham ouvido e guardado dentro dos seus corações as suas palavras para que vivamos todos como irmãos, verdadeiros filhos de Deus. Os crismados de Mongoumba percorreram os bairros da vila, cantando cânticos, e à noitinha vieram à igreja rezar e cantar em Acção de Graças por este dia. Peço ao Senhor que os ajude a todos a serem anunciadores do Evangelho, a seguirem Jesus fielmente e a não se deixaram enganar pelas "seitas", que existem muito aqui.

O ano escolar terminou no dia 27 com a proclamação dos resultados. Graças a Deus, este ano foram um pouquinho melhores que no ano passado. A Cristina começou a ir visitar os acampamentos pigmeus, acompanhada pelo senhor Bob, a fim de fazerem animação (prevenção de doenças, higiene ...) e tratarem aqueles que estão doentes e tardam a ir ao hospital. Muitas vezes, só vão ao hospital quando já estão muito mal e alguns acabam por falecer. A Ana voltou de férias no dia 8 de Junho bem animada, cheia de força para continuar a Missão. O Simone e o Padre Samuel estão bem, mas o Padre Fernando veio ontem e tem malária resistente... Ficará na paróquia de Fátima até Agosto, mês em que irá de férias. Que o Senhor o ajude!

Partirei amanhã e chegarei a Lisboa quinta-feira [5 de Julho] pelas 15h35. Sempre unidos pela oração.

Um abraço para todos da LMC Maria Augusta

- in o Astrolábio

ANO V – Nº 124 – 22 de Julho de 2018

Paróquias de Cabril, Dornelas do Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Portela do Fôjo, Unhais-o-Velho e Vidual

Jornal “Caminho - um testemunho

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Partilhamos mais um pedaço do Jornal Caminho de Abril da Paróquia de Cristo Rei da Vergada. Hoje com o testemunho do casal LMC Sandra Fagundes e Carlos Barros.

 

Um testemunho

 

Os Leigos Missionários Combonianos (LMC) são um Movimento de cristãos que, tocado pelo chamamento de Deus e segundo o Carisma de S. Daniel Comboni, se sentem impelidos a anunciar Jesus Cristo àqueles que ainda O não conhecem. Sendo um sinal da missionaridade das Igrejas locais, partem para outros povos ou culturas, por períodos de 2 anos ou mais, num compromisso apaixonado que se mantém após o regresso.

Veio o SENHOR, pôs-se junto dele e chamou-o, como das outras vezes: «Samuel! Samuel!» E Samuel respondeu: «Fala, SENHOR; o teu servo escuta!» 1.º Samuel 3, 10

O Senhor, ao longo das nossas vidas, chama-nos repetidamente. Às vezes é difícil “ouvir” este chamamento, ou porque estamos distraídos, ou porque simplesmente tapamos os ouvidos.

A nossa experiência, como casal comprometido com a Missão, iniciou precisamente com o “sim” que cada um de nós, individualmente, deu como resposta à vocação à qual o Senhor nos chamou.

Sem medo de arriscar, deixámos aqui os amigos, a família e o trabalho e partimos para o Norte de Moçambique, mais concretamente para a Missão Comboniana de Carapira. (A Sandra de Novembro de 2006 a Janeiro de 2009, o Carlos de Novembro de 2008 a Dezembro de 2011). Em períodos diferentes ali vivemos alguns anos com o povo Macua. Apenas depois namorámos e casámos, agora vivemos a nossa vocação de Leigos Missionários Combonianos e também a vocação do matrimónio não na missão além-fronteiras mas na missão em Portugal, no nosso dia-a-dia.

Partilhámos com o povo Macua, as suas vidas, suas alegrias e tristezas, que apesar de ser um povo que sofre com a falta de cuidados de saúde básicos, com a falta de qualidade no ensino, e de viver com quase nada, é capaz de repartir entre si, e desinteressadamente, o pouco que tem. Ali não existe lugar para o egoísmo nem preocupação em acumular riquezas pessoais e apesar de viverem com dificuldades têm uma alegria contagiante.

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 Esta alegria de Jesus e da sua Boa Nova que levámos connosco, que, na verdade já lá estava, que descobrimos e redescobrimos com aquele povo maravilhoso que tanto nos deu!

Cada reencontro com Deus é uma grande festa para este povo. São pobres e necessitados nos caminhos da vida, mas alegres e felizes na relação com Deus. As danças, os cânticos, os símbolos, os silêncios (especialmente os silêncios)... foi algo de tão eterno, que muitas vezes, compreendemos que ainda somos muito pobres na nossa relação com o Pai...

Voltando ao nosso país não faria sentido deixar de anunciar esta boa nova que Jesus nos deixou, de partilhar e levar a missão a quem encontramos no nosso caminho principalmente o que vivemos como Leigos Missionários Combonianos além-fronteiras, o que sentimos e partilhámos com o povo Macua, as suas alegrias e tristezas! Simplesmente não podemos reter dentro de nós tudo isto!! Continuando a dar resposta à nossa vocação laical, tentamos ser o reflexo do rosto de Cristo, para as pessoas que também aqui sentem essa inquietação do chamamento de Deus. Não podemos deixar de O testemunhar.

Como casal, tentamos viver a nossa vocação como Leigos Missionários Combonianos, sendo testemunho do Amor de Cristo por toda a Humanidade, pela partilha da nossa vida, no seio da nossa família, no nosso meio profissional, com os amigos, com as pessoas com quem nos cruzamos no dia-a-dia, ajudando a formar leigos para a missão, levando um pouco da missão a cada um, que pode não partir mas pode ser missionário na sua paróquia, na sua vida.

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 Este anúncio, através da vocação matrimonial, nem sempre é fácil… mas Ele nunca nos abandona. Sentimos que podemos ser um pequenino farol. Sentimos que Deus nos encoraja a trazer um pouquinho destes povos até às nossas comunidades, dando-lhes a conhecer as suas dores, as suas alegria e a sua cultura. Mesmo estando do outro lado do mundo fazemos comunhão através da oração.

Agora não estamos lá… estamos cá, mas a missão continua e leva-nos a sonhar com uma Igreja cada vez mais aberta ao outro.

Sandra Fagundes e Carlos Barros

Leigos Missionários Combonianos