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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Transfigurar-se pelo Amor de Deus

 

Neste fim de semana, estivemos mais uma vez (como aconteceu o ano passado) em Praia de Mira para o nosso retiro anual de Quaresma. Pela primeira vez esteve connosco o Padre Paulo, que irá substituir o Padre Alfredo à frente do nosso grupo a partir de Setembro (quando se iniciar o novo ano de formação).

Antes de iniciar o Retiro, a Emília deu-nos uma notícia fantástica. Cheia de alegria e emoção comunicou-nos que, se Deus quiser, vai partir para a Venezuela (a sua terra) no próximo mês de Abril! Finalmente o seu desejo vai realizar-se e poderá estar em missão junto do “seu” povo! Agradecemos a Deus esta boa nova…

Neste nosso Retiro reflectimos sobre duas passagens da Bíblia: primeiro a passagem “A Transfiguração de Jesus (Mt 17, 1-9) e depois a passagem “A vocação de Abraão (Gen 12, 1-4).

Na primeira passagem, Jesus antes de entrar em Jerusalém sobe a um monte na companhia dos seus 3 discípulos que o acompanharam desde o início: Pedro, João e Tiago. É então que se dá a Transfiguração de Jesus e que Deus diz: “Este é o meu filho muito amado. Escutai-O”.

Jesus transfigura-se de mil maneiras no nosso quotidiano:


TU ÉS…

Tu és o pobre que bate
Constantemente à minha porta;
Tu és aquele a quem digo:
-"Não conheço... Não me importa!"
Tu és o coxo e o maneta
Que insiste em me chamar;
Tua és a voz inquietante
Que não estou para aturar!
Tu és o Homem sujo
Que me interpela no caminho;
Tu és aquele Homem
Que eu deixo a falar sozinho!
Tu és o drogado e o bêbado
Que insiste em me seguir,
Tu és o tipo de Homem
De quem insisto em fugir!
Tu és o preto e o cigano
A quem não quero falar,
Se te aproximas de mim
É só para me zangar!!!
Tu és assim transfigurado!
Tu és assim, Cristo Jesus!
És mais presente no escuro
Que na imensidão da luz!
Tu és esse pobre pedinte
Que me estende a mão...
Tu és o drogado e o bêbado
Que eu não trato como irmão...!
Tu sempre amaste os pobres...
Quero eu o mesmo fazer,
Quero ser sempre um bálsamo
Para quem está a sofrer!
Ajuda-me a reconhecer-Te, Senhor,
No meio de tanta destruição...!
Ajuda-me a ver sempre os outros
Com os olhos do coração!...

“Susana Vilas Boas (LMC)”


Na segunda passagem, Abraão segue a chamada de Deus e abandona a sua terra, a sua família e a casa do seu pai. Abraão deixa toda a sua vida para trás, tendo uma enorme Fé e confiando apenas na promessa do seu Deus.

Será que quando Deus chama, nós ouvimos com o coração?


CHAMA-ME!...

Chama-me Senhor!
Chama-me em cada momento, em cada dia…
Chama-me, quero ser como tu.
Falar aos homens do amor do Pai…
Chama-me, ainda que ás vezes não responda.
Sei que ás vezes sou pequeno e por vezes demasiado grande…
Chama-me! Necessito ouvir a tua chamada, sentir o teu olhar…
Não me deixes! Ás vezes outras coisas ocupam o teu lugar…
Mas… Chama-me, não deixes de me chamar…
Chama-me! Toca no fundo do meu ser com o teu olhar
e transforma-me em Ti, para que os homens descubram o amor do Pai
e sejam felizes…
Chama-me! Necessito de Ti! Conto contigo…
Pede-me! Chama-me!
Abre os meus ouvidos e o meu coração à tua chamada do Amor,
à tua chamada a ser feliz, a tornar realidade o sonho que tens para mim…
Chama-me! Não deixes de chamar… não deixes de pronunciar o meu nome,
esse nome que me faz estremecer e me recorda que só Tu dás sentido à minha vida…
Chama-me! Chama-me para que em teu nome, faça outros felizes…
Chama-me! Insiste! Chama-me! Não me deixes!
Chama-me!
Ama-me!...

“Excerto de uma oração espanhola”


Nesta Quaresma, subamos também nós ao monte, para nos encontrarmos com Cristo e deixemo-nos “transfigurar” pelo Amor de Deus, para que como diz o poema da nossa querida Susana, vejamos sempre os outros com os olhos do coração…

Álvaro Gomes
LMC

Ecos do Retiro de Anual

Neste fim-de-semana estivemos em retiro na Casa da Sagrada Família em Praia de Mira. Ao contrário do que aconteceu em Setembro, o tempo esteve excelente. Obrigado Senhor, por teres permitido que o nosso retiro fosse vivido naquele local, assim como pelo bom tempo que nos proporcionaste, para podermos estar em comunhão e harmonia com a Natureza. Obrigado também, em nome de todos, à Equipa Coordenadora (Alfredo, Milú e Pedro), que se transformou na Equipa Trabalhadora e que nos assegurou a preparação de todas as refeições!
Nestes dois dias, reflectimos sobre três passagens da Bíblia: o encontro de Jesus com Zaqueu (Lc 19,1-10), a parábola do bom Samaritano (Lc 10, 25-37) e a parábola da figueira que não dava frutos (Lc 13, 1-9).
Na primeira passagem, Zaqueu (um publicano) queria ver passar Jesus, mas não conseguia ver nada por ser pequeno e subiu a uma árvore. E quando Jesus passa por ali, chama pelo seu nome e diz que precisa de ficar em sua casa. E Zaqueu fica cheio de alegria e desce rapidamente da árvore. Sente-se tão privilegiado, que promete dar aos pobres metade de tudo o que possui e àqueles a quem prejudicou pagará quatro vezes mais.
Na parábola do bom Samaritano, o homem assaltado, agredido e abandonado quase sem vida numa valeta, é completamente ignorado por aqueles que passam, até que chega um Samaritano que o socorre, trata, transporta e até paga a sua estadia numa estalagem, deixando para segundo plano os seus afazeres e numa atitude de enorme altruísmo, faz o que está ao seu alcance para ajudar o próximo.
Na parábola da figueira, o dono do terreno espera que ela dê frutos, mas após o terceiro ano sem nada acontecer, farta-se de esperar e manda cortá-la. Mas o vinhateiro pede que não o faça já, que espere pelo menos mais aquele ano, porque vai escavar à sua volta par a poder adubar. Talvez assim ela dê frutos.
São três passagens muito simbólicas e interligadas das quais cada um de nós deve tirar as suas próprias conclusões, mas de certeza que não conseguiremos ficar indiferentes à sua mensagem e ao seu significado.
A frase que trago comigo deste retiro é a seguinte: “… MAS um Samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão…”.
Senhor, ajuda-me a ser um MAS no caminho daqueles que são assaltados, agredidos e abandonados pela indiferença.

 

Álvaro Gomes

Ecos do Retiro "Rituais de Despedida"


Pela primeira vez realizamos o retiro de uma semana para os LMC que vão partir para a Missão este ano. Com o tema “Espiritualidade da mudança – rituais de despedida”, este retiro contou com a presença durante toda a semana de Susana Vilas Boas e Sandra Fagundes, e no fim-de-semana juntou-se ao grupo a Vânia da Costa. O P. Alfredo Gomes de Sousa orientou o retiro durante toda a semana e o fim-de-semana foi guiado por Margarete Flor com a Introdução ao Eneagrama – incidindo na importância do auto-conhecimento – acompanhando cada LMC de uma forma muito personalizada. Consideramos de grande ajuda a participação de Margarete Flor e lhe agradecemos por tudo o que ela nos brindou nesse fim-de-semana.
Contamos também com a preciosa ajuda, na logística, de Milú e Pedro Moreira. A eles um muito obrigado pelo cheiro e saborosa comida… e claro pela amizade com que nos brindam.
E como diz a canção “cada encontro é uma despedida” com sabor a um novo encontro. Ou como diz Joyec Rupp:
“... Quando aprendermos a dizer adeus, aprendemos verdadeiramente a dizer a nós próprios a aos outros: ‘Vai, que Deus esteja contigo. Confio-te a Deus. O Deus da força, da coragem, do conforto, da esperança, do amor, está contigo. O Deus que promete limpar todas as lágrimas pegará em ti, e preencherá o teu vazio. Larga e sê livre para continuar em frente.”






Veja mais fotos do retiro aqui
 

Ecos do Retiro de Julho - PONTO DE ENCONTRO



Ponto de encontro sim. O nosso Retiro em Fátima foi o ponto de encontro de cada um consigo mesmo, com o Senhor com Maria.
Percorremos quilómetros das nossas vidas. Pesámos o que conseguimos e aquilo que ainda não vencemos e … tirámos conclusões.
Nesse percurso encontrámos muitas vezes o Senhor; um Pai, um Irmão, um Amigo, um Conselheiro. Encontrámos n’Ele o que precisávamos em cada hora, sempre que O convidámos ou deixámos caminhar connosco.
De Maria aprendemos o que é ter Fé. Maria acreditou no que Deus lhe disse, mesmo não compreendendo bem o que se passava… Guardava tudo no seu coração e meditava.
Foi um fim de semana de paragem; mas uma paragem activa, já que o nosso P.e Alfredo tão sabiamente orientou esse tempo. Obrigada por isso e por tudo o que tem feito com os LMC.
Numa das reflexões fomos convidados a escrever o nosso hino de louvor… Partilho o que escrevi nos Valinhos, sentada numa pedra, a olhar o Céu:


Louvado sejas Senhor
Pelos muitos e os nadas
De que é feita a minha vida.
Louvado sejas Senhor
Pelos amigos que puseste
Ao longo do meu caminho
E que tenho guardados
No coração com carinho.
Louvado sejas Senhor
Por me dares um coração
Que não se sabe fechar
Que acolhe quem o procura
E quem ele vai procurar.

Ana Valente
LMC

Retiro anual dos LMC

Espiritualidade: a mudança inteiror

 

 

Uma vez perguntaram ao Dalai-Lama o que é a espiritualidade e ele deu uma resposta extremamente simples: “Espiritualidade é aquilo que produz no ser humano uma mudança interior.”
Não entendendo direito, alguém perguntou novamente:
- Mas se eu praticar a religião e observar as tradições, isso é espiritualidade?
O Dalai-Lama respondeu:
- Pode ser espiritualidade, mas, se não produzir em você uma transformação, não é espiritualidade.
E acrescentou:
- Um cobertor que não aquece deixa de ser cobertor.
Então atalhou a pessoa:
- A espiritualidade muda ou é sempre a mesma coisa?
E o Dalai-Lama falou:
- Como diziam os antigos, os tempos mudam e as pessoas mudam com eles. O que ontem foi espiritualidade hoje não precisa mais ser. O que em geral se chama espiritualidade é apenas a lembrança de antigos caminhos e métodos religiosos.
E arrematou:
- O manto deve ser cortado para se ajustar aos homens. Não os homens que devem ser cortados para se ajustar ao manto.

(…) Hoje a singularidade de nosso tempo reside no fato de que a espiritualidade vem sendo descoberta como dimensão profunda do humano, como o momento necessário para o desabrochar pleno de nossa individuação e como espaço da paz no meio de conflitos e desolações sociais e existenciais.

 

 

Leonardo Boff, Espiritualidade, paginas: 16-17

 

 

 

Os LMC tem o seu retiro anual nas datas 12, 13 e 14 de Agosto. Começamos dia 12 às 19:30h com o jantar seguido de uma breve introdução ao retiro. O local do retiro é na nossa casa em Coimbra, no Areeiro.

Inscreva-se enviando um e-mail para: lmc@combonianos.pt