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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

A promessa de Deus é para TOD@S

Este nosso segundo encontro dos LMC foi muito especial! Para além da habitual formação pudemos ajudar no acolhimento dos/as colaboradores/as dos combonianos, ainda por cima num dia tão importante para nós – o Dia Mundial das Missões.

 

A temática deste encontro de formação foi sobre os Actos dos Apóstolos. Este livro belíssimo da Bíblia trata do período histórico que vai da morte e ressurreição de Jesus Cristo até à constituição da Igreja. E tal como na actualidade, as comunidades cristãs cresceram por atracção, graças às aventuras missionárias de alguns eleitos de Deus, viagens essas sempre animadas e motivadas pelo Espírito Santo. Espírito Santo, esse, que os inspirou a optarem pela “Via” de Jesus Cristo ressuscitado.

Nesta “Via” havia espaço para todos. Para os puros e para os impuros, para os estrangeiros, para os perseguidores. Impressionante o caso de Paulo. Ele, um perseguidor dos que escolhiam a “Via”, o caminho de Deus através de Jesus Cristo, foi chamado a ser testemunha. É Ananias quem lhe comunica a decisão de Deus: “O Deus dos nossos pais predestinou-te para conheceres a sua vontade, para veres o Justo e para ouvires as palavras da sua boca, porque serás testemunha diante de todos os homens (…) E agora porque esperas? Levanta-te, recebe o baptismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o seu nome” (Act 22: 14-16).

 

A promessa de Deus é para TODOS. Nós somos os seus eleitos, não devemos recear ir em frente. Não devemos recear exteriorizar esse chamamento do Espírito Santo. E as primeiras comunidades cristãs tinham bem presente esse espírito de eleição divina, inclusive a eleição dos pagãos como testemunhas do amor de Deus que nem sempre foi unânime entre eles. É nos Actos dos Apóstolos que vemos narradas as aventuras missionárias dos primeiros cristãos. A Evangelização dos pagãos não é negligenciável neste livro: “Era primeiramente a vós que a palavra de Deus devia ser anunciada, visto que a repelis e vós próprios vos julgais indignos da vida eterna, voltamo-nos para os pagãos, pois assim nos ordenou o Senhor” (Act 13: 47).

 

Neste livro o Espírito Santo é o protagonista. Ele é o protagonista na escolha do povo eleito de Deus. Ele é protagonista na escolha acertada das suas testemunhas que envia depois em missão, que envia para o anúncio do Evangelho a quem ainda não o conhece.


Aqui entra a outra parte do nosso encontro! Domingo foi o Dia Mundial das Missões. Tal como há 2000 anos atrás, hoje ainda há pessoas que não O conhecem. E o Espírito Santo continua protagonista na vida de tantos homens e mulheres que partem na firme certeza desse anúncio. Por detrás desta linha da frente da Evangelização tem de haver uma retaguarda forte, coesa, que assegure que as “expedições” corram o melhor possível e tenham êxito na sua missão de Evangelização. Essa retaguarda é, sem dúvida, constituída pelos colaboradores, pelos benfeitores, pelos amigos e pelos familiares dos que estão na linha da frente.

 

Como caloiros (e acho que posso falar por todos os LMC! Se eles me deixarem…) nestas andanças missionárias foi com grande prazer e com grande alegria que acolhemos como missionários os colaboradores dos Combonianos! Foi um dia com muita alegria, muitos sorrisos e muito amor. O Papa Bento XVI dizia na sua mensagem para este dia: " não se trata simplesmente de colaborar na actividade de evangelização, mas de se sentir protagonista e co-responsavel da missão da Igreja". E os colaboradores presentes na nossa casa de Coimbra mostraram bem essa sua co-responsabilidade, principalmente enquanto ouviam o testemunho do Pe Francisco (missionário comboniano) que esteve nos últimos anos no Togo e depois lhe colocaram perguntas sobre a sua vida na missão.

 

Depois da celebração da Eucaristia podemos aquecer o estômago com um caldinho verde e petiscar os verdadeiros manjares que os colaboradores (devo admitir mais as colaboradoras, cozinheiras de mão cheia!) trouxeram para partilhar connosco. E não partilharam só a comida, mas também o testemunho da sua ligação com os combonianos, uma palavra amiga, de apreço pelo trabalho missionário e de incentivo para o futuro.
Depois seguiu-se a tarde recreativa. Sempre muito animada.

 

Um dia bonito, mas curto. Deveriam ser todos assim… Dias onde colocamos o amor de Deus, o amor à Missão à frente de todos os outros “amores”, mais narcísicos e menos comunitários.

Obrigada Senhor por mais este encontro! Por mais este pequeno passo de aprendizagem na caminhada até à missão.



Bárbara

Comunidade PI

Com crónicas semanais do que se vai passando na Comunidade PI (Preparação Imediata, para a missão) ficamos sempre bem informados, unidos e em contacto com esta comunidade quase já com os pés na Missão. Leia as suas histórias no nosso mail-list do grupo (faça clique em “Grupo”)
A foto foi tirada na manha da chegada dos LMC de Portugal a Madrid. Na foto estão da esquerda para a direita: Gonzalo, o pai de Angel; Inma; Álvaro; Izabel, mulher de Gonzalo com Angel ao colo; Vânia e Carmina.

Jesus e o Reino

O encontro deste fim-de-semana (29 a 30 de Setembro) foi bastante rico: pela temática e pela dinâmica que se criou entre o “novo” grupo!

 

O tema proposto para este novo ano de formação foi Jesus e o Reino: Jesus, homem que foi e apóstolo da chegada do Reino do Pai – “o Reino de Deus não vem de maneira ostensiva. Ninguém poderá afirmar: ‘Ei-lo aqui’ ou ‘ei-lo ali’, pois o reino de Deus está entre vós” (Lc 17, 20-21). Chegada discreta deste reino, não? Principalmente para nós que vivemos 2000 anos depois de Jesus, habituados à ostentação, à futilidade e ao exibicionismo cultivado pela sociedade em que vivemos!

Jesus é a prova do testemunho vivo do Reino de Deus. Com este exemplo de Jesus e a exemplo dele devemos procurar viver cada dia – os dias melhores e os piores. E como o devemos fazer? Vivendo cada dia a nossa vida, que afinal é a vida que Deus quer para nós, aceitando todos os desafios que nos são propostos e atravessando as adversidades! Como diz Fernando Pessoa “pedras no caminho? Guardo-as todas um dia construirei um castelo”… Nós poderemos aplicar esta máxima à nossa vida de cristãos: pedras no caminho? Guardo-as todas… A cada dia construiremos com elas o Reino de Deus! Afinal… Depois de uma curva, haverá sempre uma recta, ainda que o piso esteja escorregadio, ainda que a visibilidade seja pouco o nosso dever é continuar em frente!


Deixo-vos aqui algumas questões que nos foram colocadas neste encontro, para que possam reflectir e crescer connosco:

 

O que sentiriam as pessoas quando se aproximavam de Jesus?
O que é que eu sinto quando medito profundamente sobre os vários gestos dele?
De que forma posso anunciar o Reino de Deus na minha vida e onde o posso fazer?
Como me sinto quando o faço? O que me impede de viver este anúncio?

 

Depois de muita discussão (saudável) sobre estas e outras questões que o nosso orientador nos colocou (obrigada Pedro!) concordamos que deveremos ter sempre presente este anúncio na nossa vida – no trabalho, na escola, na fila do talho, na paróquia, na família, enfim na nossa vida.

 

Quem era o staff de Jesus? Pessoas simples, sem instrução – pescadores, agricultores, artesãos. Homens e mulheres que sentindo na pele as consequências do rompimento com o sistema instalado (por exemplo José de Arimateia, Nicodemos ou Zaqueu), não hesitaram em segui-lo no anúncio do Reino.

 

Neste fim-de-semana também discutimos bastante a “igreja instituição” e das contradições que ela, por vezes, gera no seu meio! Jesus também se revoltou contra o sistema. No entanto, esta revolta não era motivada por sentimentos de frustração ou de raiva, antes pelo amor à verdade e ao Reino de Deus. A missão de Jesus e com ele, daqueles que o seguiam era clara. Não seria possível continuar e servir a dois senhores, era apenas possível continuar em frente num único sentido, o da construção do Reino.

 

Jesus, sendo homem atravessou momentos da sua vida bastante difíceis e dolorosos: é no Horto que Jesus trava a batalha mais dura da sua vida, refugia-se na amizade dos Homens para se levantar: “A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai comigo” (Mt 26, 38); e no amor do Pai para ir até ao fim: “Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade” (Mt 26, 42). A obediência faz com que Jesus seja totalmente transparente e radicalmente livre.

 

Para além do muito trabalho espiritual desenvolvido no fim-de-semana também tivemos tempo para acolher os caloiros LMC: o Zé Carlos, a Renata e a Márcia… Na noite de sábado conjuntamente com um chá quentinho e umas bolachinhas podemos partilhar um pouco das nossas vivências, abrindo o nosso coração aos recém-chegados e eles o seu… É bom saber que temos mais três companheiros de caminhada!

Deus nos acompanhe a todos até ao próximo encontro.

 

Bárbara