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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Regresso(s) - reencontro(s) - partida(s)

O último encontro realizou-se em Castelo Branco nos passados dias 19 e 20 de Janeiro. Este encontro foi muito especial por dois motivos: em primeiro lugar, porque foi o meu reencontro e da Vânia com os outros LMC. Já não estávamos juntos desde Agosto… E o segundo motivo, foi porque no domingo estivemos na paróquia da Vânia na sua missa de envio! Era um momento tão importante para ela, que não podíamos deixar de a acompanhar neste gesto tão simbólico!

No sábado de manhã o tema girou à volta da importância da partilha da missão entre o missionário e a sua paróquia e de tarde falámos da parte financeira do nosso movimento, analisando o balanço do ano passado.

Primeiro, somos enviados pela Igreja, depois pela nossa paróquia e por fim pelos Combonianos.
Quando estamos em missão o enriquecimento tem de ser mútuo. Tem de existir uma comunhão permanente entre o enviado em missão e a sua comunidade local, que o apoia a nível espiritual e, se possível, também a nível financeiro. Diz-se que partir em missão é atingir a outra margem. O missionário é o elo de ligação, a ponte. O missionário tem um pé em cada margem! É muito importante para ele sentir o apoio e o interesse da sua comunidade local e é muito importante para a sua paróquia receber notícias de como vai o seu trabalho em terras de missão. Acontecendo isto, vai também havendo uma comunhão entre as duas comunidades: a de lá e a de cá. Vai crescendo o interesse mútuo e as duas acabam por partilhar o mesmo caminho espiritual e o crescimento na fé através de esta experiência e através do missionário.

À noite, na paróquia da Vânia, organizámos uma vigília integrada na Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Aproveitámos a data para dar alguma relevância ao diálogo ecuménico entre todos os Cristãos: católicos, protestantes e ortodoxos.

No domingo de manhã, realizou-se a Eucaristia de envio da nossa querida Vânia na sua paróquia. Estiveram presentes muitos dos seus amigos e familiares. Ela estava emocionada e muito contente pelo carinho demonstrado por todos!

Foi maravilhoso estar novamente junto de todos os LMC, esta família incrível que me tem acompanhado na caminhada em direcção à Missão! Mas apesar de tantos meses separados fisicamente, foi como se os tivesse visto no mês passado! Nada mudou nem com o tempo, nem com a distância… A cumplicidade, alegria e amizade continuam tão intensas como quando eu e Vânia partimos para Madrid.

Mas tenho de confessar uma coisa: Aquando da partida da Sandra e da Susana e com o "afastamento" da Vânia, pensei que o grupo iria sofrer uma grande quebra. Mas o que aconteceu foi precisamente o contrário! Com a entrada da Bárbara, do Carlos e da Elizabeth (que são pessoas fantásticas), o grupo saiu reforçado e ainda mais unido!


Depois, este ano, com a “saída” da Bela, da Emília e do João, tive o mesmo receio... Mas de novo, uma agradável surpresa! Entraram a Márcia e a Renata. A Renata, infelizmente ainda não conheço, mas o pouco tempo que estive com a Márcia deu para perceber que é uma miúda 5 estrelas e que já está perfeitamente integrada e identificada com o grupo. Tenho a certeza que com a Renata se passa o mesmo!


Dou graças a Deus por ir colmatando as “saídas”, com a entrada de pessoas tão ou mais importantes para o crescimento do grupo do que aquelas que vão “saindo”!

Por falar em saindo, a Vânia já está em Maputo! Que Deus sempre ilumine o seu caminho!

“Deus não tem mãos e serve-se das minhas para fazer o seu trabalho de cada dia.
Deus não tem pés e serve-se dos meus para indicar o caminho aos homens.
Deus não tem lábios e usa as minhas palavras para falar e proclamar a sua Palavra aos homens.
Deus não tem ouvidos e utiliza os meus para escutar os problemas dos homens.
Deus não tem meios e conta com a minha ajuda para levar os homens até Ele.”

 

Álvaro

(Re)partir com Comboni

Amanhã duas das nossas irmãs LMC vão (re)partir para Moçambique. A Sandra depois de umas merecidas férias regressa à missão de Carapira. A Vânia parte para Benfica (arredores de Maputo). Podemos imaginar a mescla de sentimentos que vão dentro do seu coraçãozinho... Mas Deus que é pai, mãe, irmão, amigo estará sempre ao seu lado. Quero aqui desejar-vos e penso que posso falar pelos restantes LMC... Queremos aqui deixar-vos os votos de uma boa viagem. Os votos de uma boa chegada. Os votos de uma boa estadia sempre com o espírito missionário a trasbordar dos vossos corações. Do lado de "lá" e do lado de "cá" continuamos unidos em oração.

O(s) sentido(s) do desenvolvimento

No último fim-de-semana alguns de nós participamos no 2º encontro da FEC. Este encontro debruçou-se essencialmente sobre os Projectos de Cooperação para o Desenvolvimento.

Neste encontro participaram mais uma vez muitos voluntários missionários dos mais variados institutos missionários e ONGD. Sinal de que o espírito santo continua a soprar no coração de cada um que esteve este fim-de-semana em Aveiro e lhe diz “Vai. Parte. Lá é o teu lugar!”. Curioso, também, é que apesar de nos encontrarmos poucas vezes, e de sermos mais do que aqueles que somos em cada um dos grupos em que participamos, estabelece-se entre nós uma relação bastante próximo: nas conversas; nas cumplicidades criadas, nas risotas gerais, nas partilhas que fazemos seja nos corredores, seja à mesa do almoço ou jantar… Seja a beber o café da nossa amiga Márcia, que se revelou uma verdadeira “taberneira”.

A manhã de sábado foi dedicada à apresentação de alguns conceitos teóricos de desenvolvimento, bem como a evolução do conceito ao longo do século XX. Desde o desenvolvimento sustentado – conceito puramente economicista, passando pelo desenvolvimento sustentável assente no paradigma ambientalista que surgiu entre o Clube de Roma em 1972. Até ao desenvolvimento integrado que procura criar as sinergias indispensáveis para que possa ser possível no terreno aplicar “todos” os desenvolvimentos.
No início da tarde de sábado e como era de desenvolvimento que falávamos não podíamos passar sem falar dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM). A Sandra da FEC fez-nos uma exposição interessante sobre estes objectivos e falou-nos da importância da sociedade civil se comprometer, igualmente, para que possa ser possível alcançar estes objectivos até 2015. Num resumo breve pretende-se com os ODM tornar o mundo melhor para todos aqueles que vêem a cada dia as suas condições de vida degradarem-se. Entre estes destaca-se a situação dos milhões de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia; a situação das crianças que não têm acesso às condições de saúde mínimas; bem como a situação das mulheres e mães.

A parte mais interessante do encontro chegou na tarde de sábado. A construção de projectos de cooperação para o desenvolvimento. Tivemos a orientar esta parte do encontro a Joana que já tem uma longa experiência na construção deste tipo de projectos. Depois de nos ter explicado de forma introdutória os principais conceitos e metodologia(s) de projecto fez-nos arregaçar as mangas e pôr as mãos na massa. Divididos em grupos tivemos que apresentar aos restantes grupos o “nosso” projecto de cooperação para o desenvolvimento que iríamos desenvolver junto da comunidade onde estávamos em missão. Gostei, pessoalmente, desta forma de trabalho! Tivemos, nós próprios, nos diferentes grupos de discutir e chegar a um consenso sobre quais as áreas prioritárias de intervenção na nossa comunidade, sobre como fazer o projecto, que público-alvo escolher, etc. Foi uma experiência interessante! Só espero que quando todos nós chegarmos à missão saibamos ouvir a comunidade local e perante todas as necessidades que nos vão apresentar, saibamos optar pela necessidade mais premente.

No serão de sábado estivemos todos reunidos para alcançar os ODM no tempo determinado. Nele tivemos de mostrar os nossos dotes artísticos através do desenho e da mímica. Entre muita risota, precipitação, ohhh’s e ai’s… Lá chegamos ao fim! Foi um jogo interessante. Espero que em 2015 também possamos dizer que o cenário mundial mudou em relação àquilo que é hoje, 6 anos e 351 dias antes da data prevista para o alcance desse mundo mais justo, democrático e igualitário.

No domingo falamos sobre o que nos leva a partir. Lemos a carta que a Maria escreveu ao António e a partir dela olhamos para dentro de nós mesmos e analisamos as reais motivações e as ideias motivações para partir. No trabalho de grupo que realizamos, no meu grupo, todos concordamos em relação às motivações ideias para partir. As motivações reais escrevemo-las a um amigo ou familiar. A escrita é a memória das coisas, por isso teremos para recordar amanhã aquilo que escrevemos ontem sobre a nossa partida.

Peço a Deus que nos acompanhe sempre nesta caminhada e que nos alerte se houver alguma luz vermelha de alerta no cockpit das nossas motivações reais para partir. Amén.

 

 

 

Bárbara

Encontro de Formação em Castelo Branco

Das tres LMC que partem este ano em Missão a primeira a partir é a Vânia da Costa. Tem já bilhete marcado para dia 25 de Janeiro. No dia 20 teremos a Eucaristia de Envio na sua paroquia. Por esse motivo o encontro de formação que estava marcado para os dias 19 e 20 em Coimbra passa a ser em Castelo Branco na paroquia da Vânia da Costa. Futuramente daremos mais informações por enquanto fica aqui o seu testemunho:

“Quando conheci os Missionários Combonianos, o “bichinho” da missão instalou-se em mim e, apesar de ter estado adormecido durante alguns anos, nunca mais saiu!

“Neste momento que me preparo finalmente para partir em missão, sinto uma enorme alegria e entusiasmo mas também algumas preocupações, pois está claro!...
Mas durante este tempo de formação nos Leigos Missionários Combonianos, aprendi que, para melhor nos adaptarmos ao novo meio que nos acolhe, devemos observar, escutar e até questionar! Apercebi-me também que irmos em missão não significa fazer, mas sobretudo significa estar, pois só a nossa presença já é um sinal de esperança!
Então é isso que pretendo fazer, ser um sinal de esperança no meio do povo que me vai receber, e depois ajudar naquilo que for necessário!
Desta forma, espero corresponder à expectativa dos Leigos Missionários Combonianos,através dos quais vou em missão, mas sobretudo à expectativa d’Aquele que me envia!” 

 
Vânia da Costa