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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

17 anos de História e Missão

 

 

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"Hoje, o “salvar a África com a África” continua a mover-nos"

 

A 25 de janeiro de 1998, na Maia, iniciou-se o caminho de discernimento e formação para leigos que, imbuídos e movidos pelo espírito de S. Daniel Comboni, se sentiam chamados à Missão.

 

Começamos muitos e, com o tempo, só alguns fizeram caminho. No entanto, hoje, 17 anos depois, olhamos para trás e agradecemos a Deus o caminho feito, os formadores e responsáveis que nos acompanharam e acompanham, o tanto que lutamos para afirmar a vocação missionária como vocação que toca igualmente aos leigos, o tanto que vivemos e partilhamos… Nestes 17 anos, 17 leigos missionários combonianos viveram a sua vocação além fronteiras: em Moçambique, no Brasil e na República Centro-Africana. Hoje, com uma dezena de formandos, continuamos a acreditar que a missão se faz por quantos se entregam e ousam dizer sim ao chamamento de Deus, seguindo os passos de Comboni, os passos deste “pai da África” que acreditou e lutou pela missão africana numa época em que todos desacreditavam deste projeto.

 

Hoje, o “salvar a África com a África” continua a mover-nos e, juntos, continuamos a pedir ao Senhor da messe que continue a mandar operários para a Sua messe. De facto, a messe é imensa e os operários são demasiado poucos para responder a tão vasta obra missionária.

 

Atualmente, os Leigos Missionários Combonianos – a nível internacional – estão presentes em 19 países. De Portugal, temos duas LMC além fronteiras: a Márcia Costa em Moçambique e a Élia Gomes na RCA. Pela especificidade destas missões (a escola industrial em Moçambique e a situação dos pigmeus na RCA), nem sempre é fácil respondermos a todas as necessidades (tanto por falta de gente como por falta de meios), mas contamos que, com a ajuda, oração e disponibilidade de todos quantos Deus for chamando, poderemos continuar a fazer causa comum com estes povos e a anunciar o Evangelho.

 

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Missionárias Combonianas: 50 anos em Portugal

As Irmãs Combonianas estão em festa

e “agradecem ao Senhor pela Santidade de Comboni na Igreja”.

 

No dia 4 de Janeiro, festa da Epifania, as Irmãs Missionárias Combonianas, celebraram os 50 anos da sua presença em Portugal, em Viseu porque foi aí que começou a sua ação missionaria.

 

Nesta celebração festiva, estiveram, presentes familiares, muitos colaboradores e amigos e também membros de toda a família Comboniana.

 

A festa começou com a celebração da eucaristia, na Sé catedral de Viseu, com a presidência de Dom Ilidio, Bispo desta diocese, rodeado por MCCJ. Nesta celebração simples mas muito intensa de simbolismo, as irmãs louvaram o Senhor por estes 50 anos de presença entre nós, de entrega aos mais pobres através da missão.

 

A festa continuou na casa dos combonianos num ambiente familiar, e à volta de uma grande mesa houve tempo para partilhar experiências de missão, para cantar e conviver. Antes se sair o Sr. Bispo agradeceu o contributo da família comboniana e salientou que a diocese não seria a mesma sem a presença das missionárias e dos missionários combonianos.

 

O trabalho missionário das Irmãs Missionárias Combonianas, no nosso pais, começou em Viseu e agora tem casas também em Lisboa e no Porto estando ainda presentes junto dos imigrantes africanos em Camarate porque também aí a Divina Providência, as chama a viver à maneira de Daniel Comboni, em santidade missionária, nas periferias do nosso tempo.

 

Neste ano festivo os LMC unem-se às irmãs combonianas nas sua orações de louvor, agradecendo “às nossas manas”, toda a colaboração e toda a vivencia missionária partilhada.

 

Estiveram presentes os LMC Ana e Artur Valente, Liliana e Milu.

 

Por:Milu, LMC

Aprender a Acolher

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“Aqueles que passam por nós,

não vão sós, não nos deixam sós.

Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”

Antoine de Saint-Exupéry

 

Portugal, ao longo da sua história sempre soube manter um contato com o mundo e uma generosa abertura a outras gentes. Caraterística essa, que nos vem, seguramente, da época dos descobrimentos, talvez, por isso, estejamos espalhados pelos cinco continentes, numa caminhada como eternos marinheiros.

 

Navegámos em muitos mares, passámos e vencemos várias tempestades, com isso, aprendemos não só a olhar, mas, principalmente, a sentir e a ver o mundo com outros olhos.

Aprendemos a partir, com medo e sem medo, à aventura, ao desconhecido, e, hoje, embora num contexto diferente, continuamos a partir com alguma esperança.

 

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Mas, se aprendemos a partir, aprendemos igualmente a acolher os que, como nós, pelas mais variadas razões, sentiram, um dia, a necessidade de deixarem os seus países. Somos um país de emigrantes e de imigrantes, cada vez mais, vivemos numa sociedade multicultural, num país que também deverá ser intercultural.

 

Claro que, com o nascimento de uma sociedade multicultural, deparamo-nos com hábitos diferentes dos nossos, tradições diversificadas, línguas desconhecidas, contudo, passámos a poder viver e a experimentar um universo novo.

 

“… a diversidade ajuda o nosso crescimento

e o nosso enriquecimento.”

 

Perante este novo universo, é preciso ter em atenção que esta realidade não nos deverá causar medo ou apreensão, antes, permitir perceber que, todos temos a ganhar com esta troca de conhecimentos a vários níveis (cultural, social, religioso, económico, etc…), pois a diversidade ajuda o nosso crescimento e o nosso enriquecimento.

 

Neste mundo globalizado, será importante, ainda, compreender que, cada vez mais, não podemos continuar seres isolados; mas, sim, perceber que “somos seres para o outro e com os outros”. Todos sabemos e conhecemos a dificuldade, principalmente dos meios mais pequenos em se abrirem, em resistirem ao desconhecido, ao diferente, ao considerado fora do habitual.

 

Assim, pergunto como vêem, a cidade de Portalegre e as várias Instituições, apesar do jeito hospitaleiro dos alentejanos, estas pessoas que, dos mais variados países aqui têm chegado? Que medos/receios, desconfianças causam aos habitantes e a essas Instituições? Que comentários lhes merecem, por vezes os passos destas pessoas pelas ruas da cidade?

 

Mas, se, a pouco e pouco, se foram habituando aos imigrantes com que, no dia a dia se vão cruzando, como irá Portalegre continuar a acolher e a conviver com os Refugiados? Como os irá, realmente, acolher? Contarão apenas para os dados estatísticos, ou, alguém terá a disponibilidade de os considerar gente, descobrir que têm nome, têm família e são pessoas, logo, merecem ser tratadas como tal? Que desafios se propõem para cultivar e, desenvolver a diversidade cultural em Portalegre; permaneceremos monoculturais ou empenhar-nos-emos na construção de uma sociedade multicultural? E como trabalhar/criar esta diversidade cultural?

 

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Se me permitem, apenas algumas sugestões: 

  • Aprender a Acolher (com profissionalismo mas com coração);
  • Descobrir que todos são pessoas (têm nome, têm família);
  • Respeitar as diferenças (culturais, religiosas, etc…)
  • Não julgar ou emitir opiniões sobre o que não sabemos bem ou desconhecemos;
  • Não se colocar sempre no degrau acima como “técnico”;
  • Estar disponível a escutar;
  • Não substimar ninguém;
  • Gerar confiança;
  • Partilhar conhecimentos/informações;
  • Por-se sempre no lugar do Outro.

 

Só vemos e temos a verdadeira noção das coisas,

quando calçamos os sapatos dos refugiados

e damos o primeiro passo para entender a sua situação.

 

Poderão, até, não serem estas, as chaves para o “sucesso”, mas ajudarão, seguramente, a ter uma maior sensibilidade e consciência na forma como cuidar melhor, da situação de fragilidade dos que, pelos mais variados motivos, como referido, anteriormente, estão longe do país, da família, das suas raízes. Como sabemos, trata-se, evidentemente, de um trabalho difícil, mas não impossível.

 

No caminho a percorrer, será fundamental o empenhamento e o envolvimento de todos e deverá passar forçosa e urgentemente, por uma aprendizagem individual, cuidada e permanente. Contudo, convem sublinhar, ainda, que as ações desenvolvidas ou a desenvolver, devem ter sempre, como principal objetivo, contribuirem, para a promoção da dignidade humana dessas pessoas.

 

Muitas vezes na vida e esta nova realidade a que poderemos chamar de Refugidos, não foge à regra, só vemos e temos a verdadeira noção das coisas, quando, como alguém, um dia, escreveu: “vamos calçar os sapatos dos refugiados e dar o primeiro passo para entender a sua situação.”

 

Por: Rufina Garcia

Apelo da Missão

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Uma das características principais

da Missão de Mongoumba

é o trabalho de primeira evangelização

em contacto permanente com a população pigmeia Aka

 

 

Recebemos recentemente uma carta da nossa LMC, Élia Gomes,e do Missionário Comboniano, Pe. Jesus Molina, fazendo o pedido de mais LMC's para a missão de Mongoumba. Confiantes na ação do Espírito, publicamos esta carta para que sucite vocações e orações pela messe do Senhor.

 

Caros LMC, 

Nós, os Missionários Combonianos e os Leigos Missionários Combonianos, desde a missão de MONGOUMBA, na Républica Centro Africana, lançamos um apelo aos LMC de todo o mundo. 

Os LMC trabalham na bela missão Mongoumba desde 1998, são 16 anos de trabalho ao lado dos missionários combonianos. Por aqui passaram LMCs espanhois, portugueses e uma italiana. Uma das características principais da Missão de Mongoumba é o trabalho de primeira evangelização em contacto permanente com a população pigmeia Aka que continua a ser um grupo étnico sujeito à escravidão. 

A missão dos LMC, durante estes 16 anos, tem sido nas áreas da saúde e educação, Caritas paroquial, pastoral, justiça e paz... 

O nosso apelo diz respeito a presença futura dos LMC nesta missão da Centro África. Hoje há apenas uma LMC portuguesa, Elia, que faz comunidade com a Secular Comboniana, Palmira Pinheiro, também ela portuguesa.

Em Setembro de 2015 as duas terminam o seu tempo de missão e não sabemos o que devemos ou podemos fazer para dar continuidade à nossa presença e não termos de fechar a missão LMC Mongoumba, o que seria uma pena...

Daí o nosso apelo a todas as províncias e circunscrições onde há LMC disponíveis a partir em missão.

Obviamente, as condições são claras e mesmo exigentes: 

  • Vivemos num contexto de pobreza e de desagregação social extremo após mais de dois anos de conflito armado que destruiu todo o tecido social do nosso país.
  • Deve haver uma identificação clara com a vocação LMC: viver em comunidade, ter uma sólida maturidade humana e espiritual, capacidade de trabalhar em equipa e uma preparação profissional definida...
  • Deve haver uma boa preparação para dominar corretamente a língua oficial do país, o francês, e em seguida, ser capaz de aprender a língua local, o Sango. 

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Continuamos a escutar a oração do Senhor Jesus:"A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos...". Ousamos usar as palavras do profeta Isaías: "A quem enviarei? Eu respondi: “Eis-me aqui , envia-me". 

Com toda a nossa amizade permanecemos atentos ao Senhor da messe, e à vossa resposta ao chamamento do Senhor.

 

Por: Elia Gomes Cabrita (LMC)

e: P. Jesús Ruiz Molina (MCCJ)