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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

A Vida Continua

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Encontro-me diante do Senhor, em adoração eucarística e recordo-me de vós. Coloco-vos na minha oração: familiares, amigos e amigas, benfeitores, todas as pessoas que continuamente continuam a interessar-se por mim e pela missão na Etiópia.

Quando estou mais distante, a oração torna-se ainda mais importante. Porque acredito em Deus, sei que rezar não é um tempo perdido, mas um tempo ganho, de diálogo com quem me escuta e me fala. E, por isso, a oração torna-se tão importante. Coloco-vos no coração de Deus, peço por vós, pelo nosso Portugal e todo o mundo fustigado pelo Covid-19, pelos nossos cristãos, aqui, todos os Gumuz e por toda a Etiópia. Rezar faz-me sentir mais perto de todos os que amo.

O Covid-19 começa a dar sinais na Etiópia, as pessoas começam a falar mais e sente-se muitas vezes receio pelo futuro. Mas a vida não pára, não pode parar. Há campos para cultivar, casas para arranjar, comida para preparar e muitas bocas para alimentar, ainda que seja uma refeição diária.

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O Covid-19 parou as nossas actividades, parou todas as escolas, o funcionamento da biblioteca, as aulas de inglês e de informática, parou as nossas actividades com as crianças, as celebrações dominicais com os nossos cristãos. Porém, a vida não pára.

O Covid-19 fechou-nos em casa mas a vida não parou. E, por isso, quando decidimos visitar os nossos amigos refugiados, já lá não estavam. Tinham sido mudados para as suas aldeias de origem no dia anterior. Mudados para os locais onde sofreram e que receiam mas, por causa do Covid-19, não devem estar todos juntos na escola que os albergava. O local onde viviam está silencioso, as casas vazias, a escola habitada por soldados … E os nossos amigos? E as crianças com quem brincávamos? Foram-se! E não foi apenas o espaço que ficou vazio. Também eu o fico: vazio de um adeus por dizer, de um último sorriso, de um último jogo de futebol…

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O Covid-19 fechou-nos em casa mas a vida continua. Por isso, esta semana decidimos visitar as comunidades, para saber como estão e para que saibam que continuamos aqui, juntos na mesma luta. A vida, essa, continua.

O Covid-19 fechou-nos em casa e fechará, impede-nos de continuar os nossos trabalhos em plenitude, com as pessoas, mas esta semana confirmou o meu viver a missão: o mais importante da missão são as pessoas. Claro que estamos aqui para trabalhar, para fazer comunhão, dar o melhor de nós e dar testemunho da nossa fé. Mas tão ou mais importante que todo o precioso trabalho que fazemos é o tempo que vivemos com as pessoas. Viver entre as pessoas, fazer comunhão é dizer: és importante para mim! Como nos é dito em O Principezinho, “foi o tempo que dedicaste à tua rosa que tornou a tua rosa tão importante para ti”.

Obrigado a todos e todas pela vossa preocupação. Que o Senhor vos abençoe sempre!

Abraço apertado desde a Etiópia!

 

Pedro Nascimento

Semana Missionária em Baião com o ANIMAG

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Foi com grande alegria e entusiasmo que participei, de 6 a 15 de Março, na semana missionária nas paróquias do concelho de Baião com 12 missionários e missionárias do ANIMAG (Animadores Missionários Ad Gentes).

É um concelho com 20 paróquias e 5 párocos. Fomos divididos em 5 grupos. O meu grupo animou as paróquias de Santa Marinha do Zêzere, Frende, Tresouras e Loivos da Ribeira. Foi feita animação nas catequeses, missas, creches e jardins paroquiais e na escola básica: do 1º ao 3º ciclo em Santa Marinha do Zêzere. Estava também programada a animação nos lares, mas foi cancelada, devido à pandemia. A nossa visita a duas dezenas de idosos, que estavam nas suas casas, deu-lhes uma grande alegria.

Dou graças a Deus por estes dias de animação missionária nas paróquias de Baião, com Missionários e Missionárias de várias congregações, com as quais nunca trabalhei. Agradeço ao Senhor o bom acolhimento de toda a comunidade cristã, das pessoas que nos receberam em suas casas e dos sacerdotes e leigos empenhados na preparação desta semana missionária. Impressionou-me o carinho e o amor com que os ministros extraordinários da comunhão levam o Senhor aos idosos e aos doentes. 

No dia 15 estava prevista uma Missa campal com a participação de grande parte dos fiéis das 20 paróquias... Terminou dia 14, com a recitação do terço, em que participámos os Missionários, os párocos e poucos leigos. À noite seria transmitido pela Internet para todas as paróquias. Depois do almoço de despedida, cada um regressou à sua comunidade ou à sua família, já com saudades desta semana missionária.

Que o Senhor faça frutificar esta Missão!  

Neste momento, devemos estar unidos pela oração, para que esta pandemia passe depressa, na certeza de que Cristo é a nossa força e o nosso protetor! Não esqueçamos a Mãe, que intercede sempre pelos seus filhos. Que com a maior brevidade possamos celebrar, todos juntos, em comunidade.

Desejo um Santo Tempo Pascal para todos.

Um grande abraço Missionário.

A LMC

Maria Augusta