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Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Leigos Missionários Combonianos

Servindo a Missão ao estilo de S. Daniel Comboni

Encontro LMC Europeu Online

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O encontro organizado pelo Comité Europeu para todos os LMC dos diferentes países teve como tema central "Os desafios de viver a nossa vocação missionária como Leigos na Europa".

Cada país teve a oportunidade de expor a sua realidade. Muitas das partilhas ajudaram-nos a entrar na realidade da Igreja na Europa: as dificuldades que vamos encontrando ao partilhar a nossa fé, o recuo da religiosidade e da cultura religiosa entre os jovens e a falta de vocações.

O componente geográfico da missão é algo que, pouco a pouco, vamos superando e entre todos descobrimos as necessidades missionárias que existem na Europa. O velho continente necessita da nossa presença missionária, da esperança do Evangelho e da solidariedade, que é expressão da nossa fé, entre os grupos mais vulneráveis.

Tivemos a oportunidade de partilhar como estamos a realizar o nosso serviço missionário na Europa e também partilhámos os momentos difíceis que temos atravessado com a pandemia e como esta nos tem animado a ser criativos.

As experiências de cada um dos cinco grupos davam-nos novas ideias para estar presentes nestes momentos onde as pessoas necessitam de uma presença de esperança.

Redescobrimos as videochamadas como forma de permanecer unidos, de rezar juntos, de continuar a nossa formação e de realizar acções solidárias. Redescobrimos também a Igreja doméstica, responsável e protagonista da sua própria fé.

O confinamento que, num primeiro momento, nos desconcertou foi dando lugar a numerosas iniciativas que nos permitiam permanecer permanecer unidos e em oração e, ao mesmo tempo, iniciativas que estávamos a abrir para outros que também procuravam compartilhar e continuar a crescer naqueles momentos. 

Também partilhámos as dificuldades de mobilidade destes momentos e como afectaram as nossas companheiras e companheiros que estavam preparados para sair do país para servir na América e África.

São momentos onde pudemos ser solidários com todos aqueles que estão a passar menos bem. As dificuldades que se agudizaram muito, em especial para aqueles que estavam num nível social mais baixo, como a população imigrante e outros sectores precários. Por outro lado, devemos permanecer atentos às necessidades dos irmãos de outros continentes. A pandemia está a atingir quase todos os países, inclusive aqueles que não sofrem grande número de casos estão a ser castigados economicamente pela necessidade de isolar a sua população. Agora, mais que nunca, entendemos a pequena e necessitada que é a nossa casa comum e a necessidade de solidariedade entre todos. 

Devemos contribuir para uma mudança de prioridades no mundo de hoje, seguindo comprometidos com a educação dos jovens para que cresçam conhecendo esta necessidade, e, ao mesmo tempo, continuar a lutar por um mundo mais justo a partir do lugar onde estamos.

A Europa é um lugar de presença missionária, de uma presença missionária que se faz próxima e sinal de esperança entre os mais necessitados do continente (material e espiritualmente, pois não podemos esquecer que alimentar este espirito e os valores que tornam possível uma sociedade mais solidária é fundamental). Ao mesmo tempo, a presença missionária abre a Europa ao mundo, motivando rumo à responsabilidade por um mundo melhor, mais humano e fraterno. Esta presença pode acabar com as desigualdades que o sistema económico impõe em tantos países, colocando a pessoa no centro e a economia e as estruturas ao serviço da sociedade.

A missão continua a ser mais necessária que nunca, no anúncio que todos somos irmãos e irmãs, que devemos ser solidários uns com os outros, construindo um mundo melhor para todos, cuidando da natureza que empréstimo para as gerações vindouras e permitindo a vida digna para todos os povos da terra.

O nosso encontro terminou com uma oração onde cada um, na sua própria língua, pode partilhar esperanças, pedidos e dar graças, colocando tudo nas mãos do Pai que nos cuida e acompanha.

Comboni disse que se tivesse mil vidas as daria todas pela missão. Nós queremos oferecer a nossa e queremos motivar todos os que partilham destas inquietudes para que se unam neste grande trabalho tão necessário.

Saudações,

Alberto de la Portilla