Fazer Voluntariado é Caminhar com o Coração
Segundo a definição das Nações Unidas, "Voluntário é o jovem ou o adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos..."
É verdade, ser voluntário é tudo isso e muito mais.
Sou voluntária há mais de 40 anos, num caminhar que começou por fazer catequese, continuou pela Assistência Médica Internacional (AMI), com uma Missão Soliária no Senegal, e, ainda hoje, pela Cáritas Diocesana, num trabalho diário com refugiados e migrantes, pelos Leigos Missionários Combonianos, pelas Irmãs Teresianas de Elvas e por 2 Santuários Marianos, um deles, o Santuário de Nossa Senhora das Dores, em Chandavila, em Espanha, o outro, o Santuário de Fátima.
Embora possam parecer contextos bem diferentes, em matéria de voluntariado, asseguro-vos, há, em todos eles, um elemento comum e fundamental, que se prende com o Acolhimento.
E, apesar do tema Acolhimento merecer um pouco mais de espaço, dada a sua importância, hoje, farei, apenas, uma breve abordagem.
Por vezes, o trabalho voluntário poderá ser considerado, também, como um hobby, ou, até, como algo fácil, contudo, asseguro-vos que se reveste de grande exigência, no que toca ao compromisso e à disponibilidade.
E seja em que lugar for, o voluntariado é algo muito exigente, pois, há sempre uma responsabilidade e exigência acrescidas, na medida em que é a imagem das próprias Instituições, Movimentos, Associações, etc... que está em causa, logo, de um modo geral, e muito concretamente, no voluntariado que faço frequentemente, no Santuário de Fátima, o Acolhimento a Peregrinos merece muita atenção e cuidado, uma vez que, não basta estar bem documentado, informar e passar bem a Mensagem, pois, embora tudo isso seja muito importante, Acolher é essencial e Fátima, é, seguramente, um dos lugares onde esse Acolhimento deverá ser feito sempre com o coração.
Em Fátima encontramos o Mundo aos pés da Virgem Santa Maria, orando, louvando, pedindo e agradecendo.
Ao longo destes anos, como voluntária do Santuário de Fátima, dou graças a Deus pelos momentos tão únicos e enriquecedores e que guardo no mais intimo do meu coração. Momentos que me têm permitido crescer como pessoa e fazer uma aprendizagem constante com os peregrinos e que me levam, muitas vezes, a considerá-los, pessoas, bem melhores do que eu, e a admirar e a respeitarr, cada vez mais, a Fé, o Amor e até as Dores que carregam na alma e que os movem, assim como as Flores que generosamente perfumam os inúmeros pedidos e agradecimentos.
Neste mês de Maio, como Leiga Missionária Comboniana, como voluntária e também, como eterna peregrina, que eu possa Acolher sempre com o coração, os Peregrinos e Todos os que confiam ao Amor e na Proteção Materna de Maria.
Rufina Garcia, LMC