Ecos do encontro de Fevereiro
Ensina-me a humildade, Senhor.
Que Tu sejas o Tudo, no meu nada.
O encontro de Fevereiro, nos dias 11 e 12, não foi só para os formandos, mas foi alargado também aos colaboradores e amigos do movimento LMC. Foi com imensa alegria que reencontramos alguns amigos partindo em seguida para um tempo de reflexão …de meditação …de encontro connosco… de fazer o caminho com Jesus antecipando assim a “nossa vivencia quaresmal” que nos ajuda a centrar a nossa vida na certeza e na Alegria da ressurreição de Jesus.
Com a orientação e do Pe. Manuel Lopes, que nos apresentou o método da Lectio Divina, percorremos alguns passos de Jesus na sua vida humana tão próxima da nossa realidade. Assim começamos por meditar nas tentações de Jesus (Lc 4, 1-13), nas nossas constantes tentações e nas escolhas que podemos fazer para, como Jesus, seguir a via da humildade e do serviço em fidelidade à vontade do Pai.
Meditamos também na Unção de Betânia (Mc 14, 3-9) relembrando aquela mulher que derramou sobre a cabeça de Jesus o seu melhor perfume ensinando-nos a dar o melhor… o que mais amamos o que mais nos custa, tal como Jesus, que deu a sua a própria vida e nos convida a dar-nos sem reservas e a viver a nossa missão com compaixão.
“E a nós? …
Como nos compromete para a vida a participação e vivência da Eucaristia?”
Durante a vigília meditamos na Instituição da Eucaristia (Mc 14, 17-31) como um sinal-sacramento do mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus. Refletimos nos nossos medos e negações à nossa missão e a Jesus que conhece o intimo do nosso ser e perante as nossas rejeições e fugas nos olha com amor, nos recebe sempre de braços abertos e nos convidaem cada Eucaristia a renascer para a Verdadeira Vida.
E nós … como vivemos a participação na Eucaristia? Como nos compromete para a vida a participação e vivência da Eucaristia?
“Jesus tem constantemente presente que a Missão é o cumprimento da vontade do Pai”
Todo o tempo foi um tempo de oração e de (re)encontro com o Pai. Meditamos também na Oração de Jesus no Getsémani ( Mc !4, 32-42) e na grande importância que teve a oração na Sua vida e na Sua Missão vivendo em permanente relação com o Pai. Jesus tem constantemente presente que a missão não é sua mas o cumprimento da vontade do Pai.
Na oração, podemos sentir o Amor do Pai e a discernir a sua vontade … é na oração que, como Jesus, encontramos as motivações e as forças necessárias para viver a missão com compaixão.
Já no domingo da ressurreição meditamos nas aparições de Jesus ressuscitado e envio missionário (Mc 16, 9-18) e lemos como foi difícil para os apóstolos se desligarem da imagem da cruz mesmo depois da promessa de Jesus: Eu estarei convosco até aos confins dos tempos. Tantas vezes vivemos em pranto, centrando-nos demasiado tempo nas nossas feridas, alimentando as nossas tristezas que nos impedem de ir… de partilhar a grande riqueza de Jesus vivo em nós.
O compromisso que fomos convidados a fazer e a partilhar na Eucaristia, vai ajudar-nos nesta Quaresma a estarmos mais unidos em oração a comprometer-nos todos os dias com a vontade do Pai que nos envia, nos “empurra” para a partilha de vida … para a caridade … para a missão.
Que esta Quaresma seja um desafio diário à nossa coerência de vida com a certeza da presença e do Amor constante do Pai por todos os seus filhos.
Por: Maria de Lurdes Maravilha (Milu)